Onde Klívia descobre um segredo inestimado

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1 ano depois...

Klivia estava montada em sua bicicleta, pedalando pelos sinuosos caminhos do condomínio South Gotham. O sol brilhava forte, destacando as sombras das árvores ao seu redor. Conforme pedalava, a mansão Wayne se ergueu em seu campo de vista, com sua estrutura gótica, exibindo sua fachada imponente em tons de cinza escuro e preto, com três andares distintos. As janelas eram grandes e decoradas com molduras elegantes.

A ausência de Damian na escola naquele dia havia despertado sua preocupação. Estavam no último ano do ensino médio e ele raramente faltava, chegando até mesmo a aparecer em sala de aula com uma febre de quarenta graus em uma ocasião. Além disso, eram ministradas matérias essenciais para o vestibular em sala de aula. Essa situação inesperada a deixou apreensiva.

Foi bem recebida pelos portões da mansão e mesmo não sendo sua primeira vez ali, ainda ficava impressionada com a beleza do lugar. O longo jardim florido e com árvores frutíferas. Ao bater na porta, Alfred a atendeu prontamente, vestido impecavelmente, com sua típica expressão séria.

— Senhorita Winters, há que devo a visita? — perguntou ele, com a voz grave e polida.

— Damian não apareceu na escola hoje, fiquei preocupada, então decidi vim vê-lo.

— Desculpe, senhorita, mas o patrão Damian está fora no momento.

Klivia pressionou os lábios.

— Tudo bem, Alfred, vou esperar. Eu trouxe o caderno de matérias do dia para o vestibular. É realmente importante que ele o receba.

Alfred assentiu compreensivo e lhe deu passagem. Foi direcionada para a sala de visitas.

— Por favor, sinta-se à vontade. Posso oferecer um café enquanto espera?

— Seria ótimo, obrigada. — sorriu agradecida. — E se possível, um pão de queijo também. Estou faminta.

O mordomo anotou e se dirigiu a cozinha.

Enquanto o aroma do café invadia suas narinas, seus olhos se encontraram com os de um adorável dogue alemão. Klivia não conseguia resistir àquela carinha. Com uma bolinha vermelha na boca, ele se aproximou com um olhar cheio de alegria e afeição. Klivia sorriu e acariciou a cabeça de Ace, dizendo:

— Oi, amigão! Como você está hoje? Parece que todos estão muito ocupados por aqui, não é mesmo? Alguém já te disse que você é um cachorrinho muito fofo?

Ace abanou o rabo e deu um latido animado, como se estivesse concordando com ela. Ele se aproximou ainda mais e encostou o focinho em sua mão. Klivia riu.

— Ah, você quer brincar, é? — comentou, lançando a bola. — Vamos lá, Ace, traga a bola!

Os dois começaram a brincar, Ace correndo em círculos e perseguindo a bola.

A bola deu uma curvatura e pulou para o outro cômodo. O Dogue a seguiu de prontidão. Winters esperou seu retorno por alguns minutos, porém estranhou a demora.

— Ace? — chamou.

Ela olhou ao redor e percebeu que Alfred ainda iria demorar. Levantou-se e foi à procura do cachorro.

— Ace? Tá tudo bem? — perguntou retórica. Seguiu o corredor até se deparar com um trecho escuro. Ace estava ali, sem a bola, latindo para ela. — Ace, tá tudo bem? Vem cá, garoto!

Ace se aproximou, com o rabinho abanando. Klívia se ajoelhou.

— Tá tudo bem? — Passou as mãos nos pelos do animal. — O que você estava fazendo ali, hein?

DesaparecidaWhere stories live. Discover now