Mandado

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Dois dias após enviarem as evidências para o juiz do condado, o mandado foi emitido.

Às 10 horas daquela quinta-feira, a polícia chegou à casa de Adair.

Como não havia ninguém na residência, arrombaram a porta e foram recepcionados pelo odor forte e pelo rastro de sangue no chão. O sofá tinha sido arrastado, a mesa de centro tinha sido quebrada.

Seguiram o rastro, com certa dificuldade devido a imundície do local. Ele levava a um armário suspenso na cozinha, uma linha de sangue escorria pela sua fresta formando goteira, também era notável o excesso de moscas. Abriram a porta e um corpo, enrolado em insulfilm, despencou na frente deles, ele possuía cortes profundos no tórax e sinais de marcas de luta nos antebraços.

— Encontramos o promotor Muller — Elliot relatou — Ele está morto.

— Chame a perícia — mandou Trigger. — Cuide da cena.

Bruce encarou sério o corpo do promotor.

"Apesar de tudo, era um bom homem" pensou.

Lembrou-se da informação encontrada por Damian e dirigiu-se ao corredor. Tateou o papel de parede e encontrou a passagem secreta. O porão estava escuro.

— Encontrei o porão — notificou, o investigador surgiu ao seu lado.

Com o auxílio da lanterna, desceram as escadas devagar, com as armas a postos. O ambiente estava silencioso. Encontraram a mesa, o machado ensanguentado, as fotos e as mensagens de possessão espalhadas pelo ambiente. Não deixaram de reparar na presença do lacinho que Klívia usava no dia de seu desaparecimento, sobre a mesa.

— Langford? — Trigger chamou-o pelo walkie-talkie. — Desça aqui para o porão, imediatamente. Tenho uma cena para você fotografar.

No fundo do quartinho, Bruce observou uma portinhola, arregaçada. Cordas com sangue estavam jogadas ao lado.

— Deve ser o local onde Damian disse ter ouvido as batidas. — agachou-se, percebendo o quão inóspito era ali — Espero que elas ainda estejam vivas.

DesaparecidaWhere stories live. Discover now