Descontrole

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— Adair, você só pode estar louco!

Klívia, ainda presa no quartinho, conseguiu ouvir de longe uma voz masculina. Inclinou a cabeça na direção da voz.

— Já não bastava ter pego uma, agora pegou a outra! Para que? Para causar mais alarde.

— Eu amo elas, pai! Amo as duas! É tão difícil de entender?

— Seu maluco, isso não é amor, é obsessão! — repreendeu. — Agora só quero ver, o detetive Wayne assumiu o caso e está de olho na gente. Não sei por quanto tempo conseguirei contornar a situação. Tem noção da enrascada em que nos meteu?! Tudo por causa de duas pirralhas.

— Não fale assim delas! — elevou seu tom de voz e o barulho de uma cadeira caindo no chão veio em seguida. — Estou cansado de todos me julgarem, eu não posso ser feliz com quem eu quero em paz?

Desde que tenha consentimento sim, filho da puta! — Klí praguejou em pensamento.

— Já chega, quer saber, se vire, cansei de arriscar meu pescoço encobrindo suas merdas, Adair!

— Não ouse dar as costas para mim! Eu só sou assim por sua causa, você é o responsável!

O barulho de um objeto pesado de metal se fez presente, acompanhado de gritos de dor.

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