capítulo catorze.

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justin bieber. 

Três dias se passaram desde o acontecido na casa de Brooke. Nós não nos falamos desde então, mas não porque nos evitamos, e sim por alguns desencontros. 

A real é que ter tido aquela conversa foi totalmente inesperada para mim, mas não nego que nos fez pular diversas etapas de uma possível "conciliação". 

Aquele dia foi um completo misto de sentimentos bons e ruins porque o diálogo que esperei por anos finalmente estava acontecendo ali, comigo de cueca na cama de Brooke com um olho inchado. 

Aquela mulher tem uma personalidade verdadeiramente insana, confusa e ao mesmo tempo fascinante. Isso me excita de incontáveis formas. É como se meu corpo adorasse um problema e Brooke fosse o próprio olho do furacão. 

Depois de vê-la disposta a mudar as coisas - ou tentar -, se desculpando e chorando vulnerável ao meu lado, foi como se magicamente todos os meus sentimentos reprimidos evaporassem. Olhar para aqueles lábios carnudos e umedecidos me fazem perder a noção do perigo, me fazem ter vontade de puxá-la para mim e nunca mais soltar até conseguir cessar o desejo incansável de tê-la pra mim. Se é que isso um dia seria possível. 

Possessivo demais? Talvez. Mas depois do que conversamos e do nosso beijo gostoso do caralho, isso é só o início do que penso em fazer com ela. 

Brooke reacendeu alguns sentimentos que passaram tanto tempo adormecidos, e agora é como se eu fosse um adolescente idiota vivendo um amor antigo. 

Coloco uma bolsa gelada no olho, ainda com uma pequena marca roxa e penso no que farei daqui por diante com relação ao Cameron. Seguiria os pedidos de Brooke ou tentaria matá-lo sem deixar rastros? Não é como se fosse novidade para mim e muito menos uma tarefa de outro mundo. 

Respiro fundo e aguardo a mensagem aparecer no ecrã do meu celular. É sobre April dessa vez. Há alguns dias nós fomos juntos ao laboratório fazer o maldito teste e desde então aguardamos o resultado. Ela havia me mandando mensagem no dia anterior avisando que passaria no meu apartamento hoje para me entregar o papel. A tela brilha e clico rapidamente.

"Subindo. Chego em alguns segundos." 

"A porta está destrancada." - aviso. 

Exatamente vinte segundos depois ela aparece abrindo a porta abruptamente. Sem a criança, mas com o papel nas mãos. E um estranho sorriso maléfico no rosto. 

— Aqui, tome. - ela me entrega e eu me levanto nervoso. 

— Qual o resultado? 

— Veja você mesmo. 

Abro o papel na velocidade da luz e ele está ali, grande e em negrito. "Probabilidade de paternidade: 99,999999%". 

— Que porra é essa, April? - questiono sabendo exatamente o que significa. 

— Positivo. Eu te disse que você era pai de Louise. - ela diz apressada sentando-se na cadeira da minha mesa de jantar. 

Sento ao lado dela e intercalando entre o papel e seu rosto a fim de descobrir uma brincadeira de mau gosto. Mas não é. 

— Você falsificou isso aqui? - indago ainda não acreditando. 

— Qual a sua dificuldade em acreditar no teste? - ela questiona levantando a sobrancelha. - Você me disse que era "homem o suficiente para registrar uma filha". 

Coço a cabeça e retomo a consciência. Definitivamente não era isso que eu estava esperando. 

— E-eu… É claro que eu vou registrar minha filha, April. E-eu simplesmente ainda não consigo acreditar. - nego. - Meu Deus…

Battle ScarsWhere stories live. Discover now