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O BRASIL ESTAVA CLASSIFICADO PRAS OITAVAS DE FINAL. Nesse momento, todos os jogadores estavam na área de lazer, Alice jogava uma partida de truco, dessa vez fazendo dupla com Gabriel. Estavam ganhando de 4 á 0.

— Cês são ruins, em? - Gabriel debochou.

— Moss, a gente ainda vira. Escuta o que eu tô dizendo. - Antony disse, batucando a mesa.

Gabriela estava embaralhando em cima da mesa e parecia concentrada no que estava fazendo. Alice bebia um copo de coca cola zero, o sertanejo estava alto, as crianças brincavam na piscina.

— Oie Lô. - Gabi disse, se curvando pro lado pra chegar mais perto dele e beijar sua testa. - Tudo bem com você?

— Tudo sim titia. - Ele disse, com um sorriso sapeca no rosto.

— Quer ver a titia jogar? - Perguntou, e ele assentiu, ela o colocou em seu próprio colo. Ela entregou as cartas pra todos na mesa e pra si mesma.

— Seu pai é um cagão Lô. - Alice disse. — Tá perdendo pra mim e pro Gabriel. - Ela falou, sorrindo só pra puxar assunto e Lorenzo deu uma risada.

— Ele é! - Disse, brincalhão. E todos na mesa riram.

A partida começou com Alice, jogando um 3 de ouros.

— Minha menor carta! - Ergueu as mãos, em rendição, estava falando a verdade. Até porque carregava mais um 3 de espadas e um 7 de ouro.

O problema, é que ninguém acreditaria nela. E ela sabia disso. Sabia blefar melhor do que ninguém, e as últimas partidas, os dois perderam confiando nela. Antony não faria isso de novo, ou faria?

O camisa 19 matou seu 3. Jogando um espadilhas. Gabriel olhou pra ela, meio assustado.

— Deixa. Deixa. - Ela disse, ele deu de ombros e desceu um J.

— Retorna. - Gabriela pediu, e desceu um Q.

— Truco. - Pediu, Alice engoliu em seco. Não estava com o Zapp, nem Gabriel, provavelmente era um dos dois. Ou, poderia estar no baralho e ele estar blefando, também era bom nisso.

Ela foi na segunda opção.

— Desce. - Falou, e então, quis voltar no tempo quando viu o 4 de paus.

— AHHHH!!!! Ganhamos essa Lô! - Gabriela comemorou, com ele em seu colo.

Antony sorriu, vendo os dois.

Foi a tarde inteira assim, era incrível a vibe brasileira que eles passavam até mesmo longe de sua casa, de seu país. O Brasil jamais sairia deles, isso era óbvio.

Antony e Gabriela ganharam aquela partida de truco. Mas arrancaram altas risadas de Alice.

A fotógrafa se levantou e guardou o baralho, logo indo até a rodinha de samba, onde Luiza tentava sambar a todo custo junto com os meninos.

— EU NÃO SEI FAZER ESSA DROGA! - Exclamou, irritada.

Vini se aproximou.

FOGO E GASOLINA - Gabriel MartinelliOnde as histórias ganham vida. Descobre agora