𝔗𝔥𝔢 𝔖𝔱𝔯𝔞𝔫𝔤𝔢 𝔅𝔬𝔶 [COMPLETA]

𝔓𝔯𝔢𝔰𝔢𝔫𝔱𝔢

Olá, alteza! É bom te ver por aqui!

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O mordomo despertou o jovem conde como de costume, nada foi mencionado sobre a data especial, nem por ele, nem pelo aniversariante. Quando o nobre terminou sua xícara de Masala chai, Xiao havia preparado seu banho e, para sua surpresa, o jovem pediu para que o mordomo o acompanhasse à sala de banho.

Dessa vez ele não parecia temeroso, relutante ou descorado de pavor pela simples tarefa que o mordomo constantemente lhe oferecia e lhe era abruptamente negado. Não ouve, entretanto, relutância quando as mãos do conde afagaram seu rosto e juntou suas bochechas carinhosamente, sussurrando as doces palavras em seus ouvidos atentos. Yibo desejava ser banhado pelo mordomo.

Xiao estava contente por isso, esse pequeno segredo do conde, já fora superado na noite de véspera e ele esperava proporcionar um dia memorável a essa pobre e doce alma.

Foram-se à saleta de banho, Xiao lentamente desfez botão após botão da camisa de dormir do conde, deslizou suas mãos sutilmente pelos ombros magros fazendo a camisa escorregar do corpo alvo de Yibo e reunir-se aos pés pequenos.

O jovem conde suspirou timidamente ao sentir a brisa fria acariciar sua pele completamente nua, seus olhos acobreados estavam no mordomo, que agora deslizava seus dedos pela superfície da água como se tocasse a mais nobre das peles, ou o mais sedoso tecido.

O mordomo testava a temperatura da água, ao mesmo tempo que espalhava as pétalas de rosas do mesmo tom dos olhos incandescentes, que faiscaram por um instante ao vê-lo completamente desprovido de vestimenta. Era tão intenso e quente que parecia aquecer a água, fazendo subir uma fumaça como fio de seda e envolvê-lo morna e gentilmente. Os dedos longos do mordomo alisavam a superfície límpida da água e suas falanges se introduziram pouco a pouco, lentamente entrando e saindo, úmidos e brilhantes, deixando o conde em um estado quente de agitação.

Xiao pegou mais uma rosa e seus dedos molhados acariciavam as pétalas cheias do topo em movimentos circulares, ocasionalmente penetrando a ponta dos dedos em suas pétalas, ele as cheirou e deixou um selar sobre elas e imediatamente a delicada flor parou atrás de suas orelhas. Yibo corou febrilmente, além do recém adquirido enfeite, ele estava vulnerável, como se naquele instante ele não tivesse nenhuma maldição e nada pudesse esconder de Xiao. Nem mesmo seu ardente afeto.

"Que terrível mentira! Não há sonhos paradisíacos de amor e alegria para mim." Sentiu-se tolo por ousar pensar assim.

Perdido em surpresa, admiração e escondendo o sentimento sombrio que momentaneamente rastejou por ele, pegou a mão estendida, estremecendo por um longo tremor. Foi-se à banheira, obrigando-se a desviar dos olhos que eram como uma brasa que lambia sua pele como fogo e extinguia qualquer frio que sentia naquela manhã cinzenta e inclemente, embora esse olhar de Xiao enviasse um calafrio a sua alma.