𝔐𝔬𝔯𝔡𝔬𝔪𝔬

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Olá, alteza! É bom te ver por aqui!
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Xiao entrou no quarto com uma xícara de chá-verde, depositou sobre uma mesinha redonda com padrões em marchetaria com incrustações em ouro

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Xiao entrou no quarto com uma xícara de chá-verde, depositou sobre uma mesinha redonda com padrões em marchetaria com incrustações em ouro. Fez correr as cortinas espessas, deixando que o sol pálido de outono adentrasse o quarto e gentilmente tocassem o rosto adormecido do jovem conde.

Sob o chão e espalhados sob a cama havia vários bonecos de veludo colorido, costurados com largos botões em seus olhos, dando um aspecto bizarro e arregalado. Não pareciam tão assustadores durante o dia. Sem vida, como deveriam ser.

Xiao circulou a cama e chacoalhou gentilmente o ombro do jovem, tendo que repetir por três vezes, até que fez um ligeiro carinho nas bochechas, afastando os cabelos loiros emaranhados, o chamando a despertar com um sussurro atrevido em seu ouvido.

Yibo tremulou os cílios volumosos, levemente acastanhados e de súbito abriu os olhos, assustado. Não tinha companhia há muito tempo e assombrou-se por um instante, puxando a coberta até a altura do queixo. Encontrou Xiao sorrindo-lhe com ternura e seu medo tornou-se insignificante, suas narinas palpitaram ao sentir o cheiro do chá. O homem, que agora era seu mordomo, esperou que ele se restabelecesse e sentasse na cama, deu-lhe a xícara, ele tomou um gole, sentindo-se quente por dentro.

— Bom dia, milorde! Buscarei água quente para o banho, por favor, aprecie seu chá enquanto isso.

Yibo sorriu e agradeceu, suas palavras baixas e levemente rouca pareceram dançar com a fumaça do líquido. O jovem permaneceu apreciando esse momento maravilhoso do despertar, nunca teve esse cuidado e se agradava de poder tê-lo agora.

Seus dias não tinham tarefas e obrigações a cumprir, uma vida ociosa e sem significado era o que tinha. Já não era chamado para nada depois do escândalo de seus pais, um título nobiliárquico inútil, foi o que herdou. Mesmo que ainda possuísse a terra e o dinheiro amaldiçoado, que nunca usava, ninguém o procurava ou fazia questão de sua presença, nem mesmo uma carta lhe era endereçada.

A verdade é que nunca recebeu uma, sua vida não era sua, sua liberdade foi tomada. Agora que a tinha, não sabia o que fazer com ela, nem poderia sair destas terras pois era constantemente visitado por saqueadores.

"Quanto tempo não saio de casa?" Não conseguia se lembrar, passava normalmente encerrado no seu ateliê por vários dias. Ninguém se importava, nem mesmo ele, o tempo era tão insignificante.

Assim que o conde finalmente se pôs totalmente desperto, empalideceu e tremeu sem querer, notando que Xiao já havia preparado seu banho. Não poderia deixar que ele o banhasse, involuntariamente levou a mão a coxa. "Por que aquilo lhe incomodava tanto?"

— Sente frio, milorde? Devo fechar as janelas? — Xiao ofereceu já se aproximando para recolher a xícara e ajudá-lo a ficar apresentável para o dia.

𝔗𝔥𝔢 𝔖𝔱𝔯𝔞𝔫𝔤𝔢 𝔅𝔬𝔶 [COMPLETA]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora