𝔒 𝔍𝔬𝔳𝔢𝔪 ℭ𝔬𝔫𝔡𝔢

350 61 250
                                    

Olá, alteza! É bom te ver por aqui!

╰(◣﹏◢)╯

Yibo acordou quando uma agulha espetou sua bochecha, puxou com os dedos trêmulos a agulha fincada em sua carne

Ups! Gambar ini tidak mengikuti Pedoman Konten kami. Untuk melanjutkan publikasi, hapuslah gambar ini atau unggah gambar lain.

Yibo acordou quando uma agulha espetou sua bochecha, puxou com os dedos trêmulos a agulha fincada em sua carne. Já não se abalava mais, porém, a dor do objeto pontiagudo pinicava sua pele. Massageou levemente o local, ainda sonolento e abriu os olhos para a tempestade fora da janela, sua casa estava fria e escura, um arrepio o tomou antes de acender o toco de vela do castiçal, que havia se apagado com uma lufada de ar.

Havia passado muito tempo costurando sua mais nova obra-prima e companheiro de quarto, estava há dois dias nisso e não viu a hora passar. Também era a quantidade de dias que seu cabelo não era escovado e seu corpo não via água, constatou isso ao levantar a mão para coçar os olhos, movimentando assim seu braço e suas narinas pegando o leve odor abaixo de suas vestes, que era apenas uma camisa simples de dormir.

Espreguiçou-se e levantou, uma vertigem o tomou e seu estômago doeu, mais cedo fez uma sopa para o jantar.

— Oh, espero que não esteja queimada como da última vez!

Pegando o castiçal, saiu de seu ateliê, seus pés descalços apanhavam a sujeira do caminho, pó, pedrinhas, folhas de árvores... A vela tremulava pelos quadros de pintura a óleo em sua parede, seus parentes pareciam olhá-lo com inveja, mesmo não tendo olhos. Yibo sempre achava que a pintura prendia a alma, assim como os espelhos e por isso não tinha nenhum. Também porque não suportava ver sua própria aparência.

Foi por esse motivo que quebrou todos os espelhos e furou os olhos de todas as pinturas, apenas sua pequena imagem permanecia craquelada e intacta, tinha medo de fazer algo a si mesmo, já era amaldiçoado o suficiente. Quando destruiu tudo, quase morreu, se pendurou sobre bancos e cortinas e caiu com a tesoura na mão, conseguindo rasgar a si mesmo. Naquele dia ele riu, mesmo mortos, seus pais o castigavam por sua desobediência.

Ficou em sua poça de sangue, esperando a morte vir abraçá-lo, mas nem mesmo ela o quis. Aparentemente não pegou nenhuma parte importante de seu corpo, então se arrastou até seu ateliê e com a familiaridade que tinha com as agulhas costurou sua própria perna, obtendo uma cicatriz gigante, mas com pontos retos. Foi dilacerante, seu sangue misturou-se com as lágrimas de desespero e urros de dor, ao terminar, sucumbiu a inconsciência.

Apontou a vela para seu eu de 10 anos no retrato, era tão diferente, um sorriso estampava-lhe a face e tinha bochechas coradas como um querubim. Bufou um riso sem graça. "Que grande piada! Anjos não existem! Só humanos ambiciosos e artes macabras." Mostrou a língua para o menino impertinente naquele retrato, nunca foi ele. Não após quase terem arrancado sua vida e quebrado seu espírito.

Continuou descendo a escada, ouviu um barulho na cozinha e se apressou, provavelmente teria que brigar com as ratazanas por seu delicioso ensopado. Puxou a porta e um horror o petrificou, uma alma penada estava ali para comer sua sopa.

𝔗𝔥𝔢 𝔖𝔱𝔯𝔞𝔫𝔤𝔢 𝔅𝔬𝔶 [COMPLETA]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang