Perigo Ardente - Série Lobos De Lakeville Livro 4

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A conversa com Atena ainda revirava o estômago de Amélia e tentar esconder aquela sensação não havia sido fácil, Hunter e ela passavam a maior parte do tempo cuidando de Jason juntos. E ela não tinha muita certeza se ele de fato não havia notado seu nervosismo, mas se notou por algum motivo seu companheiro havia optado por ficar em silêncio afinal ambos estavam muito ocupados cuidando de Jason.
Ela nunca havia imaginado que cuidar de uma criança podia ser tão difícil assim, e havia um certo divertimento em seu companheiro sempre que Amélia fazia alguma coisa errada ou se surpreendia com algo.

Em momentos em que ambos se pegavam rindo de alguma coisa comum do dia a dia Amélia se esquecia por completo de suas preocupações, os sorrisos de Hunter, os abraços de Jason, toda aquela atmosfera acolhedora e familiar a aquecia. Amélia se sentia de alguma forma protegida e segura bem ali ao lado deles.

Amélia observou com um olhar terno o pequeno garotinho dormindo abraçado com seu tio, talvez ela não fosse a única a se sentir segura nos braços de seu companheiro. Hunter de repente se remexeu na cama a sua frente chamando a sua atenção, ela se divertiu ao assistir como o grande homem se revirava no colchão tentando escapar dos pequenos bracinhos de Jason sem acordar o menino. Amélia decidiu sair do quarto em silêncio e esperar por Hunter na sala, se Jason despertasse ela não queria ser a responsável por fazê-lo pegar no sono outra vez.

- Seria tão ruim assim se fossemos levar Jason para um médico normal?- Amélia sussurrou assim que avistou seu companheiro.

- Não podemos levar ele para um médico de humanos, seria extremamente perigoso se fossemos revelados. E a maioria dos remédios deles são nocivos para nós.- ele explicou enquanto se sentava ao lado dela no sofá.

- Mas um xarope ia fazer tão bem para ele.- ela tentou argumentar.

- Nós fazemos xaropes naturais.- Hunter respondeu ao puxá-la para o seu colo.

- Mas existem umas pastilhas que são incríveis no alívio da dor de garganta.- ela insistiu se aconchegando ainda mais nele.

- Temos ervas que ele pode mastigar e ajuda na inflamação da garganta.-  Hunter rebateu em meio a um bocejo.

- São amargas e ele não gosta, já o xarope tem gosto de bala ou fruta.- ela o lembrou. -E se ele tomasse uma injeção?

- Quer mesmo que Jason tome uma injeção?- Hunter lhe lançou um desconfiado.

- Eu sei que dói mas seria por um breve momento e depois ele iria sarar rapidinho.- Amélia tentou se justificar. -Melhor ele sofrer por um momento do que por toda uma semana.

- Você vai ser uma mãe malvada.- ele deu uma pequena mordida  no nariz dela de forma carinhosa.

- Acha que vou ser uma mãe ruim?- preocupação fluiu por sua voz.

- Claro que não meu amor.- ele garantiu enquanto a erguia com ele do sofá. -Agora vamos dormir antes que o pestinha acorde assim que o sol nascer.

- Jason não é um pestinha ele é um amor.- Amélia retrucou.

- E você é facilmente manipulada por bochechas gordinhas.- Hunter a provocou a fazendo rir.

- Sabe eu estava pensando que amanhã é a corrida do seu bando e acho que você deveria ir.- Amélia comentou chamando a atenção dele.  - Sem discussão. Sei que queria muito que eu participasse, mas eu prefiro ficar aqui e cuidar de Jason para que você possa ir.

- É muita gentileza sua amor, mas eu não posso te deixar com todo esse trabalho.- ele respondeu enquanto caminhava com ela até seu quarto.

- Não é trabalho nenhum para mim cuidar dele.- Amélia explicou.

- Essa seria sua primeira corrida.- a voz de Hunter soou triste.

- Hunter eu quero ficar e cuidar do Jason, ele é muito pequeno para ficar sozinho e eu não posso permitir que Sofie perca a corrida para ficar de babá.- Amélia insistiu. -Ela com certeza estava muito mais empolgada que eu.

- Eu posso ficar e você vai se divertir com suas amigas.- ele sugeriu enquanto a deitava no macio colchão de seu quarto.

- Eu não vou conseguir me divertir se estiver preocupada com o Jason.- Amélia disse sincera.

- Sempre me disserem que fêmeas eram super protetoras com seus filhotes.- Hunter a abraçou.

- Eu as vezes sinto que ele é um pouquinho meu.- Amélia confessou em um sussurro.

- Eu sinto o mesmo.- Hunter sussurrou de volta. - Ele é nosso.

- Você pode ir para corrida, sei que é algo importante para o seu bando.- ela afirmou. - E o Jason vai ficar bem, vou preparar uma sopa, um chá talvez e fazer carinho até ele dormir.

- Eu sei que ele está em boas mãos, mas eu posso ficar aqui com vocês dois.- ele a trouxe para mais perto. - Cuidar de ambos.

- Você não precisa se preocupar pode ir para corrida, vamos ficar bem.- Amélia garantiu. - Não se esqueça que o Jason me adora então vamos nos divertir.

- O Jason te ama, nós te amamos.- Hunter respondeu.