capítulo 27.

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𝐂𝐀𝐌𝐈𝐋𝐀 𝐒𝐀𝐅𝐑𝐀 🫧

— Olha só quem tá aqui!

Me afastei da mesa, sorrindo de orelha a orelha e me abaixei no chão de braços abertos enquanto a criança vinha na minha direção com um sorriso enorme no rosto.

— Que abraço gostoso!— beijei sua testa, sorrindo para a Rose que observava a cena com um sorriso pequeno.

— Oi tia Ca.—  Lorenzo falou todo tímido, depois do beijo que eu lhe dei.

— Deixa eu falar com a sua mãe antes de te apertar mais um pouco.— ele riu, e eu me levantei indo abraçar a morena.

Amava os perfumes da Rose, amava essa mulher e ficaria abraçada nela por horas se deixassem. Pensa num ser humano bom, é ela.

— Amiga, soube que esteve em Londres e nem me mandou mensagem.— seu tom era calmo, mas sabia que ela odiou saber disso.

— Fiquei lá um dia só, não deu tempo de encontrar ninguém.— sorri meiga, tentando me redimir.— Te juro.

— Hm, eu vou acreditar.— ela riu, olhando pro Lorenzo que já mexia nos brinquedos da minha sala enquanto a gente conversava.

— E o que trás vocês aqui? Pensei que ficaria em Londres por mais tempo, voltou de vez?— a perguntei, sentando na minha cadeira e ela sentou do outro lado da mesa, suspirando.

— Acho que preciso de um tempo fora, e nada melhor do que vir passar um tempo em casa.— deu ênfase na palavra casa.— E o Lorenzo pegou uma gripezinha assim que a gente chegou, vim no horário de encaixe.

Eu concordei.

— Hoje o dia foi cheio mesmo, mas era só ter falado direto comigo que eu dava um jeito de ir ver ele.— assegurei.

— Foi de boa, me atenderam bem de qualquer forma.— ela sorriu.— Lorenzo, conta pra tia Ca o que você está sentindo.

Ele veio com um canguru de pelúcia em mãos, o que fez eu segurar a risada e guardar o comentário pra eu mesma.

— Tia, dói a cabeça bem aqui.— apontou.— E também o meu nariz e garganta, eu tô melhor mas ainda dói um pouco assim.— gesticulou do jeito dele.

— Caramba, Lo, senta aqui comigo pra gente examinar melhor.

De fato, a garganta dele parecia um pouco inflamada, e o nariz parecia normal mas pelo que a Rose disse, ele estava sentindo muita dor ali pela região nasal e pela testa.

Lorenzo riu quando o estetoscópio encostou no peito dele, sentindo cosquinha pois o aparelho estava muito gelado.

— Isso é o que?— perguntou curioso.

— Pra eu escutar seu coraçãozinho, tá batendo bem.— sorri, o respondendo.— Deu febre nele, Rose?

— Ele ficou quente hoje cedo, meio cabisbaixo mas não ficou maior que trinta e sete.— respondeu.

— Bom, está mais alta agora.— franzi o cenho, olhando o termômetro em minhas mãos que marcava um 38°C.

— E eu tô ficando com sono.— Lorenzo bocejou.

— Você prefere remédio ou já quer que ele tome um soro aqui?— perguntei a Rose.

— Ele vai fazer um escândalo pra tomar remédio na veia, então acho melhor o xarope mesmo.— ela riu e eu concordei.

— O príncipe aqui está com sinusite, vou passar remédio pra baixar a febre e pra aliviar a dor dele.— arrumei a roupa do pequeno.

— E eu vou ganhar doce?— perguntou, piscando devagar.

SEGREDO | Thiago Silva Where stories live. Discover now