SEGREDO | Thiago Silva

capítulo 06.

𝐓𝐇𝐈𝐀𝐆𝐎 𝐒𝐈𝐋𝐕𝐀 🏅

Entrei na casa do Marcos atrás do Neymar, tínhamos acabado de chegar em cima da hora porque eu nem queria vir.

Na real, estava pilhado e tudo uma merda, meu time estava decaindo mais do que era permitido e mesmo a gente suando no campo, nada dava o resultado que a gente estava buscando.

E sinceramente? Estava exausto, esgotado. Só confirmei presença esse final de semana porque a Cabrino encheu meu saco todo santo dia.

— Vocês vieram!— Carol pulou na nossa frente, abraçando Neymar e depois me apertando em seus braços. Eu ri.— Não que eu tenha duvidado da presença de vocês, jamais!

Sonsa.

— Sabemos bem.— deixei um beijo na sua testa.— Eai? Onde está o pessoal?

Neymar já não estava mais ali, e ela me puxou para o lado de fora da casa onde tinha alguns familiares e nossa galerinha de sempre. Cumprimentei todo mundo, e quando cheguei no aniversariante, encarei a cena com surpresa.

Camila estava aqui também.

Uma grande interrogação se formou na minha testa, não que eu tivesse algo haver com isso, mas ela tinha falado que ficaria pelo Rio nas férias.

E aqui estava, na França.

Do nada, moleque.

Pisquei algumas vezes, indo fazer um toque com o Marquinhos e ele sorriu animado, me abraçando pelos ombros.

— Tô felizão com vocês aqui.— falou.— Já estava pensando que não iam vir mais, quem te fez mudar de ideia?

— Até parece que não sabe.— revirei os olhos.— Tua mulher não me deixou em paz um minuto sequer, até eu falar que vinha.

— E como conseguiu convencer as crianças a chegar na segunda?— deu risada.

— Comprei a passagem e mandei pra Belle, eles não tiveram muita opção a não ser aceitar.

Marquinhos riu.

— Tadinhos, mas é por uma boa causa e dois dias não faz tanta diferença né.— balancei a cabeça.

— Eles aceitaram porque vão poder faltar aula na segunda, senão já estariam me ligando a cada três minutos pra eu mudar de ideia.

— Tirando isso, como que as coisas estão por lá?— perguntou, me puxando para um canto mais afastado dos demais.

Camila e Carol nos seguiram com o olhar, enquanto falavam entre si e eu quase babei ao ver a primeira com um neném nos braços. Era Martina, e ela parecia confortável demais ali sendo balançada pela Safra.

Que cena, te falar não.

— Estão na mesma. A gente conversou várias vezes, é aquele negócio, não tem como fingir mais.— cocei a nuca, desconfortável.

— Cara, você sabe que tomou a decisão certa, não era certo vocês ficarem se forçando a uma coisa para agradar os demais, entendeu?

— Eu sei, po. Mas é impossível não ficar dividido, foram vinte anos e querendo ou não, a gente sempre vai ter proximidade.

— Pelos filhos de você, o que é certo e eu apoio muito.— fez joinha com as duas mãos.— Vocês tem que manter um relacionamento saudável agora, pelas crianças em primeiro lugar.

— Ela me perguntou se eu já segui em frente e em como iria reagir se ela seguisse em frente.— contei.

— E aí?