SEGREDO | Thiago Silva

capítulo 07.

𝐂𝐀𝐌𝐈𝐋𝐀 𝐒𝐀𝐅𝐑𝐀 🫧

Thiago me perguntou se eu tinha certeza daquilo e antes que eu pudesse pensar demais, balancei a cabeça e fechei meus olhos ao sentir seus dedos puxarem o meu cabelo e sua boca encostar na minha em um beijo de verdade.

E eu soltei um suspiro contente quando sua língua encontrou a minha e continuamos a trocar um beijo completamente gostoso. Lentinho, sabe? Aquele beijo que te tira o fôlego, deixa você completamente perdida.

Nos afastamos minimamente quando o ar nos faltou, mas logo voltamos a nos beijar como se nossa vida dependesse daquilo.

Se antes eu já me amarrava no cara, agora que o beijei estou sentindo até um frio na barriga. Ele tinha pegada, e beijava bem, só consegui pensar no quanto a ex esposa dele era sortuda por ter ficado ao lado desse homem por todo esse tempo.

O olhei e desejei poder ler mentes, já que ele estava aéreo demais pro meu gosto, por um momento acho que pensamos igual. Na ex dele!

— Cara, brother!— Neymar chegou na maior animação.— Eu vi esse beijão aí tá!

— Não começa.— levantei a mão, me afastando do outro no movimento. Thiago continuou na dele, nem ligando para a presença do Neymar.

— Ih, não pode ser feliz aqui?— Cruzou os braços, igual meus pacientes quando eu falo que não pode comer doce no café da manhã.

— Não.— Thiago quem respondeu.— Pode ser feliz lá do outro lado, veio aqui pra que?

— Pra chamar vocês mas parece que já estão se divertindo por aqui.— ficou mexendo as sobrancelhas sugestivamente.

— E você veio pra atrapalhar né, amigo?— perguntei, me levantando.— Vamos logo antes que eu me estresse com você.

Thiago acabou vindo atrás, e eu fui tentar sambar com a Carol, não sabia qual de nós duas conseguia ser pior.

A festa do Marcos acabou quando batemos os parabéns para as crianças irem dormir e todos também irem embora, Maria veio pro meu colo se eu aguentasse ela, puxei logo uma cadeira pra me sentar.

Acabou ficando só a gente no jardim, os donos da casa e nós três de intrusos. E ficaríamos mais tempo, eu inclusive ia voltar ao Brasil mas não tinha nem comprado a passagem ainda.

— Quer?— Thiago perguntou a Duda, que estava no meu colo, mas seus olhos acompanhavam o pedaço de bolo dele.

— Quero.— sorriu e eu a acompanhei.

— Você já comeu três pedaços, criatura, não vai passar mal não?

— Vou não, tia.— me garantiu. O Enrico revirou os olhos, deitando na mesa e virando o rosto em nossa direção.

— A tia é minha, não é sua!

— Ela só é minha dinda, não quis ser a sua porque você é chata.

— Ei!— os parei na hora, fingindo estar brava.— Chega disso, ouviram? Que coisa feia, eu vou ficar triste se vocês ficarem brigando.

Os dois ficaram quietinhos na hora e Thiago segurou a risada, estendendo uma colher com bolo para a Maria, que comeu esquecendo que estava brava.

— Chega de bolo os dois!— Carol brigou, carregando uma caixinha cheia de doce que chamou a minha atenção.

— E esse negócio aí?— levantei as sobrancelhas.

— Depois você pega, senão eles vão comer tudo e não podem, acabou a cota por hoje.— falou, saindo depressa.

— Nem sei do que ela está falando.— Enrico comentou com o Thiago, nos fazendo rir.