CAPÍTULO 13

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SEGUNDA
8:56 A.M.
17° graus Celsius
❄️❄️❄️

    Assim que acordei, não consegui evitar o sorriso bobo que se espalhou pelos meus lábios ao lembrar do dia anterior e do fato de que Rhaví dormiu aqui na minha casa de novo. E por falar em Rhaví, encontro-o me encarando atentamente lá de cima, ainda deitado na borda da cama.

     — Bom dia. — Digo, soltando um bocejo e esfregando os olhos, que demoram alguns segundos para se ajustarem a claridade que atravessa as janelas de vidro. Eu adoro o inverno, mas não posso negar que também adoro as temperaturas mais altas da primavera e do verão.

     — Bom dia, Igor. — ele responde, também bocejando enquanto senta na cama e se espreguiça, alongando os braços sobre a cabeça e fazendo os músculos do seu abdômen, logo abaixo daquela pele marrom escura, se contraírem.

     Rhaví vai escovar os dentes e usar o banheiro primeiro, e enquanto chega a minha vez, empurro o colchão para debaixo da cama, já que pretendo usá-lo mais vezes, então é melhor deixá-lo logo aqui do que ficar levando e trazendo do quarto de hóspedes.

     Depois que Rhaví sai do banheiro, vou escovar os dentes e jogar um pouco de água no rosto para tentar me livrar das linhas avermelhadas que o cobertor deixou por eu ter dormido de mal jeito. Não passo mais do que uns 5 minutos dentro do pequeno cômodo, antes de sair e encontrar Rhaví sentado na cama, me esperando pacientemente.

    Eu não preciso dizer que o meu olhar varre o seu corpo lindo de cima a baixo, não é? Porque exatamente isso que acontece, demorando-se mais do que devia em certos pontos que estão praticamente me deixando louco.

     — Vem aqui. — Ele diz. A sua voz rouca e sexy é sempre gentil, mas a ordem implícita na frase faz um arrepio subir pela minha coluna, enquanto eu engulo seco e dou alguns espaços incertos até ele, sentindo as minhas pernas bambas. Ainda sentado na beirada da cama, Rhaví abre um pouco das suas pernas torneadas, cujo os músculos ficam ainda mais visíveis por causa do pano super fino da calça de pijama que ele está vestindo.

    Eu paro perigosamente a um metro de distância dele, mas ele manda eu me aproximar mais ainda com um simples movimento do dedo indicador, ordenando para que eu dê outro passo para frente. Nossos olhos estão completamente focados uns nos outros, e uma onda de excitação assola o meu corpo enquanto faço o que ele quer.

     Assim que entro naquele pequeno espaço entre as suas pernas, Rhaví agarra a minha cintura e me puxa ainda para mais perto, me fazendo colidir contra o seu peitoral marrom, que emana um cheiro maravilhoso e aquela onda de calor completamente deliciosa e sobrenatural.

     — A-ah... — não consigo evitar um pequeno gemido que escapa de mim, enquanto absorvo a sensação da sua pele contra a minha, sentindo o meu coração bater de forma descompassada e os seus braços terminarem de envolver a minha cintura por completo. As minhas bochechas começam a pegar fogo de dentro para fora quando sinto algo duro, grosso e latejante pressionado contra a minha própria virilha. O contato delicioso me pega de tão desprevenido que me faz arquejar de surpresa e prazer, completamente imerso no calor do seu corpo. 
   
    — Quer me beijar, Igor? — Ele sussurra devagar, de uma forma provocantemente excitante, enquanto inclina a cabeça um pouquinho para cima. Rhaví é bem mais alto que eu, mas por estar sentado, me dá alguns centímetros de vantagem, precisando erguer o rosto para me encarar.

    Meu olhar recai sobre aqueles lábios grossos, que estão um pouco úmidos e entreabertos, evidenciando as pontas dos dentes brancos e retos, com exceção das quatro presas levemente mais alongadas. Rhaví está falando essas coisas só para me provocar. Ele sabe que essa sua pele de um tom retinto de marrom está me deixando praticamente louco. Sabe que esse cabelo afro é simplesmente deslumbrante. Que esses seus lábios, seu nariz, sua expressão enigmática, seus olhos... Tudo nele me faz suspirar em simplesmente pensar nele.

    — S-sim. — Eu respondo, erguendo as mãos para agarrar o seu cabelo lindo, que é tão macio que me deixa totalmente maravilhado.

     — Então me beije, Igor. — Ele continua, saboreando cada letra do meu nome. Eu prendo a respiração por alguns segundos, absorvendo o pedido e sentindo meu coração bater de forma ainda mais descompassada, antes de abaixar o meu rosto até lá e selar nossos lábios.

     Primeiro, dou apenas um leve selinho nele, absorvendo a maciez da sua boca. Depois, eu capturo aquele bendito lábio inferior que é bem carnudo entre os meus, chupando-o de forma tímida e gemendo baixinho ao toca-lo com a minha língua.

    Rhaví solta um rosnado e toma o controle do beijo, apertando a minha cintura com força e movendo os seus lábios de forma profunda e simplesmente deliciosa contra os meus, enquanto a sua língua quente e molhada invade a minha boca e vai ao encontro à minha. Ele tem gosto um gosto mentolado de creme dental, assim como eu provavelmente também tenho.

     O beijo profundo, molhado e simplesmente maravilhoso dura até perdermos o fôlego por completo, nos fazendo separar o rosto apenas por tempo suficiente para inspirar uma única e profunda vez, antes de voltarmos a nos beijar com força, fazendo sons molhados ecoarem pelo quarto.

    Rhaví deita na cama e me puxa para si, de modo com que eu fique por cima, agora com as pernas abertas e ele entre elas. A língua dele brinca com a minha, entrelaçando-se nela várias e várias vezes, me fazendo praticamente enlouquecer de prazer, tão excitado quanto ele. As mãos de Rhaví agarram a minha bunda, me fazendo soltar um gritinho de surpresa, que é rapidamente abafado pelos seus lábios.

    Essa definitivamente é a coisa mais íntima que já fiz, até porque nunca havia beijado ninguém antes de Rhaví. E agora estou em cima dele, sentindo as suas mãos em mim e desejando lamber cada centímetro da sua pele negra, enquanto acaricio o seu cabelo maravilhoso e sinto a sua língua e aqueles lábios grossos contra os meus.

    Quando nos separamos novamente, eu estou completamente atordoado, com minha visão embaçada de tanto prazer. Sei que nós provavelmente deveríamos ir tomar café, já que eu preciso ir para a escola em menos de 2 horas.

     — Você promete que ainda vai estar aqui quando eu voltar da escola? — Pergunto, brincando com o seu cabelo e absorvendo o seu calor.

     — Prometo. — Ele confirma levemente com a cabeça, me fazendo soltar um suspiro de alívio.

     — Quer ir tomar café? Tem bolo na geladeira. — sugiro casualmente, embora queria continuar beijando-o até perder os sentidos, mas ambos sabemos que temos tempo de sobra para nos pegarmos depois.

     — Claro. — Ele diz, me puxando para outro beijo rápido.
    
    

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