Uma sesta depois do almoço

64 3 1
                                    

Saíram do restaurante em silêncio. Pedro estava curioso com o que se teria passado no WC, mas esperava que João tomasse a iniciativa de contar. Já João estava cheio de vergonha, sem saber como começar.

- Bom, vais contar ou não?

- Contar o quê?

- Não te faças de parvo comigo, João. Estiveste horas no WC, o Mauro foi atrás de ti, voltou e ainda lá ficaste. Quero saber tudo, o que ele te disse, o que ele te fez, o que fizeste tu. Desembucha, não admito segredos da tua parte. 

- Desculpa, sim, o Mauro apareceu e obrigou-me a entrar num cubículo com ele. Quis marcar território, disse que lá por namorarmos - foi a conclusão dele, eu não disse nada - não ia deixar de me exigir que lhe obedecesse ao que quisesse e obrigou-me a mama-lo ali mesmo.

- Esporrou-se?

- Não, foi mesmo só para marcar posição, nem ficou completamente duro. Meteu-mo na boca e depois bazou.

- E o que ficaste lá a fazer depois, a bater uma?

- Depois apareceu o empregado. Ele reconheceu-me desta manhã, eu acho que ele foi o primeiro mas tu saberás melhor. Disse que tinha direito a mais pelos 10€ e obrigou-me a chupa-lo e no fim deu-me 2€, os 2€ que foram para a gorjeta dele.

João disse isto com mágoa, corado como um tomate e a fazer um esforço para conter as lágrimas.

- Ele não tinha direito de obrigar a nada. Ele pagou 10€ para te foder, fodeu e acabou. Não podes ser tão fácil João. Tu deves-me obediência a mim.. e bom, ao Mauro tu saberás o que deves, não vou interferir nisso, vocês são sócios e já se conheciam antes, deixo ao teu critério. Mas não deves mais nada a ninguém, ouviste? Se mais alguém te fode ou te põe a mamar é porque EU quero, é porque EU deixo, percebido?

- Sim...

- Esse empregadito precisa de uma lição. Mas vá, não faças essa cara de enterro. Estás a aprender, eu estou orgulhoso de ti, da tua resistência. Já perdeste a conta aos paus que te foderam a boca e o cu nas últimas 24h e continuas pronto para outro, não?

Pedro disse isto sorrindo, piscando o olho e segurando o próprio enchumaço sob as suas calças. João assentiu, na verdade ele esperava voltar a ter dentro de si o caralho do Pedro, até para o lavar de todas as penetrações de estranhos que sofrera nas últimas horas. Mas estava cansado, mais do que cansado sentia-se brutalizado. Queria carinho, ternura, ao menos por uma vez. 

Pedro percebeu isso, tinham sido demasiadas emoções, pressões e até alguma brutalidade. É claro que João gostava, mas todos temos um limite do quanto podemos aguentar. E Pedro sabia ainda que aquele encontro com a Gabriela e o Mauro apenas piorara a situação, o João sentia-se culpado e envergonhado na presença da esposa do Mauro, mas bom, foi ele quem escolheu o restaurante, o Pedro estava inocente. Também ele não esperava reencontrar o gajo com quem falara naquela manhã pelo Grindr para negociar o aluguer do cuzinho do João e que esse mesmo gajo tivesse a lata de se aproveitar do seu namorado no WC, ah, isso ia ter troco. Mas agora a prioridade era confortar o seu.. namorado, a palavra começa a soar-lhe cada vez melhor, mais natural. O João era o seu namorado e o seu namorado precisava de carinho.

Começou ainda no elevador, um beijo lânguido, molhado, profundo, que arrebatou o João e excitou o Pedro. O gosto da esporra do empregado ainda estava na boca do mecânico, mas Pedro não recuou, beijou mais e mais. Entraram no apartamento do João completamente enroscados um no outro, rapidamente as roupas foram sendo tiradas e a posição de 69 foi naturalmente tomada. Pedro sabia que o cuzinho do João estava dorido, tanto pau ali tinha entrado, de resto ele próprio o tinha fodido no dia anterior. Estava na hora de lhe mostrar que também sabia dar prazer e mama-lo era a melhor forma, que João tomasse a iniciativa de simultaneamente o mamar era apenas natural. Ambos tinham as bolas cheias, apesar da punheta matinal, toda a atividade sexual a que João fora submetido naquele dia voltou a encher-lhe de porra os dois testículos. Já Pedro esporrara-se pela última vez já no dia anterior, dentro do João. Os dois corpos entrelaçados faziam um vaivém frenético entre paus e bocas. Toda a tensão prestes a libertar-se, não era preciso avisar, eles sentiam e instintivamente sincronizaram os orgasmos e os jorros de leite que inundaram as duas bocas. Êxtase total.

Deitaram-se de costas durante alguns segundos, até recuperarem o fôlego e voltarem a beijar-se, agora com mais calma, com mais vagar e com um novo gosto de porra nas línguas. Rapidamente assumiram uma nova posição, de conchinha amorosa, com o rabo redondo do João encostado ao pau amolecido do Pedro. Não falaram nada, desfrutaram apenas do momento e adormeceram uns minutos, numa sesta feliz.

De sócio a escravoWhere stories live. Discover now