De volta à oficina

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João sentia que a sua cabeça parou de funcionar, do nada o Pedro assumiu um papel dominador a que ele não sabia resistir. O que fazer a seguir? No seu cérebro o vazio... para tudo aguardava a indicação do Pedro, que estava muito confortável a guiar o seu mecânico até à oficina dele, como se fosse sua. 

- Dá-me a chave.

Foi Pedro quem abriu a porta, o espaço era agora seu. E João seguiu-o timidamente, sempre à espera de novas ordens. Tinha sido um dia longo, estava cansado, não conseguia, nem queria pensar. Aquele jogo convinha-lhe, o Pedro que decidisse o que fazer. Sabia agora que estava perante um macho a sério, viril, musculado e peludo, com um caralho de respeito. Um professor ainda por cima, alguém com conhecimento, com autoridade. 

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À mesma hora o Mauro tinha uma nova discussão com Gabriela. Ela andava irritadiça e ele frustrado com a falta de sexo. Decidiu cortar a troca de palavras com a desculpa de que se tinha esquecido de um papel na oficina, tudo para ter um pouco de sossego. Saiu de casa e foi caminhar, para espairecer, sem objetivo definido, mas por hábito começou a encaminhar-se para o local de trabalho.

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O Pedro percebeu que tinha o João nas mãos, era um submisso natural. Era só mandar e ele iria obedecer sem questionar. Acedeu logo à sugestão de vir para a oficina, pelo caminho o Pedro foi testando-o, mandando seguir para um lado ou para o outro e logo o outro obedecia como um cãozinho amestrado. Pediu-lhe as chaves e de novo o João não hesitou. O João era dele, ia fazer-lhe o que há muito queria fazer. 

Encontrou um banco e sentou-se entre dois carros, uma lâmpada pendurada no teto iluminava o espaço à sua frente. Cruzou a perna e ordenou:

- Põe-te aqui, quero ver-te melhor.

O João deslocou-se e estacou, de pé, mesmo debaixo da lâmpada. 

- Tira a roupa, quero ver de novo esses músculos.

Primeiro momento de hesitação, um segundo em que João conseguiu raciocinar "mas que raio estou eu a fazer?", mas foi só um segundo, o olhar cortante e implacável de Pedro não deixou o pensamento evoluir e começou a despir-se, primeiro a t-shirt, depois os sapatos, desapertou as calças...

- Calma, mais devagar.

Baixou as calças, soltou uma perna, depois a outra. Ia tirar uma meia.

- Deixa, gosto de ti de meias, tira só as cuecas.

Aquilo pareceu-lhe ridículo, achava ridículo quem tinha sexo de meias, mas a ordem foi dada e ele já só as sabia seguir e respeitar, o ridículo era ele, era ele que estava agora nu, de meias, no meio da sua oficina, com um cliente sentado num banco à sua frente. Um cliente na penumbra enquanto ele próprio estava sob o foco luminoso, nu, com o pau meio duro, de pé, de meias, "como é que isto aconteceu?", pensou e logo perdeu o fio do raciocínio.

- Vira-te.

Estava de costas para o Pedro. Percebeu que este se levantou e começou a tocar-lhe os ombros, a testar-lhe a pele e os músculos, apertando, beliscando. Percorreu com os dedos a coluna e ao chegar ao fundo os dedos largaram a sua pele para logo voltarem como uma palmada na nádega direita. Deu um leve pulo pela surpresa. Pedro atiçava-o, "assustadiço o menino, até admira, com tanto músculo", ria, ria-se dele. Sentia-se humilhado mas o que fazer agora? Tinha sido apanhado, deu a chave da oficina, aceitou despir-se quando nada o obrigava, tinha sido apanhado, era óbvio que queria aquilo. O pau que antes estava meio duro, estava agora totalmente duro, apontando para o teto. O toque de Pedro bastou, as risadas humilhantes não abalaram a ereção. Era óbvio que queria aquilo, era óbvio para Pedro e era óbvio para si próprio. Obedeceria pois. 

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Entretanto Mauro já tinha chegado à rua da oficina. Não planeava lá entrar, mas surpreendeu-o a luz acesa que se percebia pela janela acima da porta. Ele tinha a certeza que tinha apagado todas as luzes, o que se passava ali? Decidiu ir espreitar pela janela das traseiras, mais baixa, em vez de abrir a porta da frente, não fosse encontrar algum sarilho... 

De sócio a escravoWhere stories live. Discover now