15. OS JAUREGUI

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A LUZ SUFOCADA DE OUTRO DIA NUBLADO acabou me acordando. Fiquei deitada com o braço nos olhos, grogue e confusa.

Algo, um sonho tentando ser lembrado, lutava para irromper em minha consciência. Eu gemi e rolei de lado, esperando que o sono voltasse. E depois o dia anterior inundou minha consciência.

- Ah! - Sentei-me tão rápido que minha cabeça girou.

- Seu cabelo parece um monte de feno... Mas gosto assim. - A voz abafada vinha da cadeira de balanço no canto.

- Lauren! Você ficou! - eu disse em júbilo e, sem pensar, disparei pelo quarto e me atirei no colo dela.

No momento em que meus pensamentos acompanharam meus atos, eu estaquei, chocada com meu entusiasmo descontrolado.

Olhei para ela, com medo de ter atravessado o limite errado. Mas ela riu.

- É claro - respondeu, sobressaltada, mas parecendo satisfeita com minha reação.

Suas mãos afagaram minhas costas. Pousei a cabeça com cuidado em seu ombro, respirando o cheiro de sua pele.

- Eu tinha certeza de que era um sonho.

- Você não é tão criativa assim - zombou ela.

- Alejandro! - lembrei, pulando de imediato novamente e indo para a porta.

- Ele saiu há uma hora... Depois de desconectar os cabos de bateria de seu carro, devo acrescentar. Tenho que admitir que fiquei decepcionadosa. Será que isso realmente a impediria, se você estivesse decidida a sair?

Eu pensei, ali onde estava, querendo loucamente voltar para ela, mas com medo de estar com mau hálito matinal.

- Em geral você não é tão confusa de manhã - observou ela.

E abriu os braços para me receber de volta. Um convite quase irresistível.

- Preciso de outro minuto humano - admiti.

- Vou esperar.

Pulei para o banheiro, minhas emoções irreconhecíveis. Eu não me conhecia, por dentro ou por fora. O rosto no espelho era praticamente estranho a mim - olhos brilhantes demais, pontos febris de vermelho nas maçãs do rosto.

Depois que escovei os dentes, consegui consertar o caos embaraçado que era meu cabelo, joguei água fria na cara e tentei respirar normalmente, sem nenhum sucesso perceptível. Eu praticamente corri de volta ao meu quarto.

Parecia um milagre que ela estivesse ali, os braços ainda esperando por mim. Ela estendeu a mão e meu coração martelou, instável.

- Bem-vinda de volta - murmurou, pegando-me nos braços.

Ela me embalou por um tempo em silêncio, até que percebi que suas roupas haviam mudado, o cabelo penteado.

- Você saiu? - eu a acusei, tocando a gola de sua camisa limpa.

- Não podia sair nas roupas com que eu vim... O que os vizinhos iam pensar?

Fiz um beicinho.

- Você tem um sono muito profundo, não perdi nada. - Seus olhos cintilavam. - O falatório veio antes disso.

Eu gemi.

- O que você ouviu?

Seus olhos dourados ficaram muito suaves.

- Você disse que me amava.

- Você já sabia disso - lembrei a ela, afundando minha cabeça.

- Mesmo assim, foi bom ouvir.

Twilight - CamrenDonde viven las historias. Descúbrelo ahora