Another World With You (Fengqing)

18 - Sábado

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Ao menos não vou ficar sozinho com aqueles dois.

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O sol das frestas nas venezianas da janela atingiu os olhos de Mu Qing momentaneamente, fazendo-o acordar antes que o despertador tocasse. Com isso, ele percebeu que estava sendo abraçado por um urso, ou melhor, por um braço humano em um corpo familiar. Em termos mais práticos, Feng Xin. Esse bastardo, Mu Qing claramente se lembrava de ter colocado uma barreira de travesseiros na noite anterior, mas o bastardo Feng Xin ainda ultrapassou teimosamente a barreira e a removeu.

Havia uma abertura minúscula em seus lábios, e seus cabelos soltos caíam um pouco sobre o rosto.

Observando-o, primeiro Mu Qing resmungou mentalmente, depois achou engraçado, depois voltou a resmungar. Mas ele não o empurrou em nenhum momento.

"Ei. Acorde. Já é dia." Foi o que ele disse.

Feng Xin soltou um grunhido preguiçoso, recusando-se a abrir os olhos. "Hmm, só mais cinco minutos."

E apenas abraçou o oponente mais fortemente.

Mu Qing se irritou de vez e se remexeu para se livrar daquele urso, "Me solte, panda!"

Ouvindo aquele "insulto", Feng Xin provocou mais: "Aposto que está vermelho agora, frango."

Você verá quem é o frango! Mu Qing pensou e finalmente fez algum movimento certeiro para escapar e saltar para fora da cama. "Não te quero mais aqui. Durma no sofá! Hmpf!"

Feng Xin o imitou com uma voz fina descaradamente e por fim se levantou também.

Enquanto isso, no banheiro, Mu Qing lavava o rosto e encarava o próprio reflexo. Ele estava surpreso. Ele e Feng Xin continuavam brigando, mas era completamente diferente de antes. Não havia ódio ou rancor, na verdade havia algum tipo de sensação confortável, um certo companheirismo. Era assustador. Assustadoramente bom.

Feng Xin surgiu no banheiro, dispersando-o daqueles pensamentos, e o afastou com um empurrão de quadril, amarrando o cabelo e em seguida colocando o distintivo na jaqueta uniforme. "Quem devemos procurar primeiro? Mu Hezheng ou o sacerdote?"

Mu Qing refletiu por um momento em silêncio, enquanto secava o rosto na toalha. Por fim, ele respondeu: "Vamos procurar pelos dois, mas sem pressa. Estamos como peixes fora d'água aqui, há muito que não sabemos. Não vamos conseguir nos infiltrar na rede de Mu Hezheng e conseguir alguma prova sobre minha mãe quando nossas mentes estão fragmentadas. Quanto a Mei Nianqing... Mesmo se o encontraria hoje, eu ainda não iria embora. Não sem antes descobrir quem tentou matar meu sósia e sem provar que Mu Hezheng indiretamente causou a morte de minha mãe."

Enquanto terminava de ficar apresentável, ele completou: "Leve os dias que virão como se fosse o sósia. Mantenha os ouvidos e olhos bem abertos, absorva o que puder de informações. Não deixe nada passar."

Fazendo os preparativos para sair discreto nas ruas, Mu Qing esperou Feng Xin sair para fechar a porta. Desta vez ele deu uma carona ao outro, e assim cada um foi para o segundo dia de trabalho.

E veio o terceiro, o quarto, o quinto dia. Naquela altura, a dupla já tinha uma espécie de rotina: ambos iam trabalhar e, nos momentos juntos, compartilhavam as novas informações de mundo absorvidas. Era uma forma de conectar peças e formar novas linhas de informação, que podiam ou não ser úteis mais tarde.

Ah, claro, Feng Xin dormia no sofá. Ele não pôde alegar mais nada depois que Mu Qing o lembrou que ele estava de favor no apartamento de outra pessoa. Por isso Feng Xin começou a se movimentar para recuperar seu meio de transporte: uma moto. Assim, se deslocar de seu verdadeiro apartamento para o trabalho seria mais fácil.