Capítulo 8

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Gil saiu do carro ao mesmo tempo em que Juliette estacionou o carro na entrada. Ela saiu do carro com os remédios que havia sido receitado para Sarah. "Desculpe. A farmácia estava cheia."

"Ela está no sofá." Gil olhou para a casa e parou por um momento, um olhar de preocupação evidente em seus olhos.

"O que há de errado Gil? Ela está bem?" Juliette começou a sentir um pouco de pânico.

"Você não pode me deixar aqui sozinha com ela se ela não estiver bem. Eu não tenho ideia do que estou fazendo."

"Acalme-se. Ela ficará bem" assegurou Gil.

"Sarah é uma pessoa muito reservada. A única razão de eu estar aqui é porque sou uma das pessoas em quem ela realmente confia neste mundo. E aparentemente, agora ela chega até você."

Juliette balançou a cabeça lentamente. "Eu não tenho ideia do porquê."

"E eu muito menos. Ela mal te conhece. E um contrato de confidencialidade dificilmente te qualifica para cuidar dela."

"E isso que estou tentando lhe dizer! Você tentaria convencê-la?"

"Não é minha decisão." Gil tirou as chaves do bolso e as moveu nervosamente. "Olha, se você precisar de alguma coisa, ligue para mim primeiro. Vou pedir para que eles enviem mantimentos amanhã e liguem de vez em quando, mas o que eu acho que o que ela quer é recuperar a privacidade. Sem visitantes. E nada de fotos do rosto dela, mesmo que seja apenas por diversão. Não precisamos que ninguém acabe invadindo seu telefone e vendendo as fotos para o melhor comprador "

"Entendido. Mas e se sua família aparecer?"

Certamente Sarah tinha uma família que queria intervir para ajudá-la em sua recuperação, ou pelo menos ir verificar seu bem-estar. Juliette não estava à vontade para mandar a família embora.

"Ela é filha única", disse Gil. "Seus pais são divorciados. Ela não é próxima de seu pai. Nós os avisamos, mas ela está fugindo de sua mãe, esperando que fique longe." Ele abriu a porta do seu carro. "Eu ligo para ela hoje à noite para ver como ela está."

Juliette esperou até a porta se fechar e o carro de Gil sair pra ela entrar na casa. Encontrou Sarah descansando no sofá. Ela se sentou à mesa no centro e inspecionou o rosto de Sarah de perto, observando sua cor e o seu peito subir e descer enquanto respirava. Ela parecia estar descansando bem no momento. Quando ela estava prestes a se levantar, Sarah abriu os olhos.

"Precisa de algo?" Juliette perguntou a ela. "Um copo de água, um cobertor, voltar no tempo?"

Sarah não sabia por onde começar. Ela precisava de comida, mais remédio. Precisava tomar um banho. Precisava lavar o cabelo. Ela precisava chorar. "Eu estou fedendo", ela sussurrou.

"Sim, você está péssima. Eu posso sentir seu cheiro daqui." Juliette disse brincando, cobrindo o nariz.

"Poderia me ajudar?" A voz de Sarah parecia mais fraca do que no hospital. Ela tentou ser corajosa e agir como se estivesse mais forte do que estava, apenas para ser liberada e poder ir para casa. Ela estava tão feliz por estar em casa, mas ela não tinha forças para nada além de respirar e até mesmo isso doía.

"Hmm ..." Juliette disse considerando suas opções.

"Que tal eu enfiar um saco de lixo envolta do gesso e ajudá-la no chuveiro?"

Sarah assentiu, com lágrimas se formando nos olhos. Ela não tinha certeza se concordava, mas queria desesperadamente se sentir limpa novamente. As enfermeiras fizeram o que podiam, mas ela ainda estava com a sujeira debaixo das unhas do tombo e se sentia pegajosa por toda parte. Sem mencionar seus cabelos emaranhados e oleosos. "Vamos tentar."

O RoteiroWhere stories live. Discover now