Capítulo 36 - Quatro meses

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Freen's Pov

Após quatro meses na Tailândia, tenho passado por coisas incríveis com Becky. Meus sentimentos a cada dia aumentam por essa mulher incrível que tem me acolhido com tanto amor desde que cheguei.

Agora estou jogada no seu sofá grande e preto, esperando que a mais nova chegue do serviço. Tem apenas vinte minutos que cheguei, tirei meus sapatos e cansada me sentei no sofá. Estou morando com Becky durante esses meses por conta das despesas, já que comecei a trabalhar novamente na empresa em que eu tinha me demitido, ainda as coisas não voltaram aos seus devidos lugares, e Becky achou melhor que eu continuasse aqui.

Tenho ligado para minha irmãs todos os finais de semanas para manter contato. Soung tem sido forte aguentando tudo, mesmo após a perda da nossa querida e doce mãe, ela se manteve firme, me ajudando e ajudando Neung. Só tenho a agradecer a minha pequena.

Ouço a porta se abrir e revelar uma Becky cansada, que me lança um lindo sorriso.

- Ei anjo - cumprimento ela, porém não me levanto pois o cansaço tomou conta do meu corpo. Becky se aproxima sorridente, deixa um suave beijo em minha bochecha e se senta ao meu lado, pousando sua cabeça em meu ombro. Passo o braço atrás dela e acaricio seus fios de cabelo, agora curtos. - Cansada? - susurro e deixo um beijo em sua cabeça.
- Bastante - seu braço passa por mim em um abraço aconchegante. Sinto seu perfume e sorrio.

Penso que agora, mesmo que eu tenho carregado o sentimento de perda após a morte da minha mãe. Ainda tenho Becky, minhas irmãs e meus amigos.

- Hoje terá uma festa na casa de Nam, para comemorar o aniversário de casados dos pais dela, você está sabendo? - pergunta Becky se aconchegando mais em mim, como se tivesse como, me fazendo rir.
- Sim, você quer ir? - pergunto olhando a televisão ligada a minha frente. Becky concorda com a cabeça. O fato de ela estar falando pouco é por estar cansada, desde que voltei Non tem a enchido de trabalho, então apenas temos poucas horas para estarmos juntas.

Tenho certeza que isso é um castigo para Becky, por ela ter me deixado voltar. Como a mesma disse, ele me odeia e eu sei disso. Becky foi sincera e me contou sobre tudo que ocorreu quando eu não estava aqui e a entendi. Porém, confesso ficar ainda apreensiva pelo fato de ele ser o chefe dela, esta prejudicando sua vida no trabalho e isso me entristece, me sinto culpada.

[...]

- Está linda - elogio Becky antes de bater na porta do local. Ela sorri tímida e beija o canto da minha boca.
- Você também está linda Freen - me elogia arrumando a alça do meu vestido vermelho. Ambas escolhemos vestir vermelho hoje, com um salto preto. Estamos combinando.

Após sermos recebidas pelo prima de Nam entramos na casa, há poucas pessoas no local, apenas amigos proximos e família.

- Meninas! - chama Noey acenando para nós. Becky entrelaça nossas mãos e me puxa em direção às meninas que estavam sentadas no sofá. Noey se levanta junto a Irin que me recebe com um forte abraço. - como está a vida de casadas meninas? - brinca Noey, bem que eu queria.

- Está ótima - Becky entra na brincadeira me deixando com um sorriso largo nos lábios, arregalou meus olhos discretamente para Irin.

Nos sentamos com o casal e ficamos conversando sobre coisas banais, até que Becky e Irin resolvem sair para irem atrás de Bai, que estava conversando com os pais de Nam.

Recebo uma cotovelada leve de Noey e olho em sua direção. Ela está com uma taça de vinho em mãos e com as pernas levemente abertas.

- Quando irá pedi-la em namoro hein? molesa - revira os olhos me fazendo rir. As meninas e eu já conversamos várias vezes sobre isso, agora que estou morando com ela e nossos sentimentos são recíprocos.
- Você me fez pensar sobre, o que acha de eu pedi-la hoje? - pergunto sugestiva, Noey me mostra um sorriso largo e arregala os olhos.
- Hoje?! nossa você me surpreendeu agora, não brinque com isso hein - aponta o dedo para mim após me dar um tapa na cabeça. Ouch, isso doeu. Faço careta passando a mão na região em que levei o tapa olhando para a mulher dos cabelos curtos e negros.

- Não estou brincando, é sério! - Noey me olha desconfiada.
- Certo, e como vai fazer isso? - pergunta.
- Não sei - sorrio amarelo e a mulher a minha frente revira os olhos.
- Do jeito que você é mole Sarocha, eu que terei que pedi-la em namoro - sua cara agora está emburrada enquanto diz isso em tom autoritário.
- Pedir quem em namoro meu bem? - pergunta Irin para Noey, nos assustando. Becky está ao seu lado, carregando um lindo sorriso em seus lábios, céus, quanto tempo não beijo seus lábios. Cinco dias? provavelmente. Noey mudou o assunto para nenhuma das mulheres desconfiarem.

Becky da a volta pelo sofá e se senta ao meu lado, até que seu celular notifica dentro de sua pequena bolsa preta. Ela olha a mensagem enviada e faz uma careca.

- Non está me cobrando um documento, acredita? - reviro os olhos.
- A essa hora? ele acha que você é uma escrava? - Becky ri me encarando em seguida, sempre estremesso quando seus olhos estão sobre mim.
- Provavelmente - somos interrompidas pelo toque do celular dela, a mulher me mostra a tela indicando que era Non ligando. Reviro os olhos a fazendo rir novamente.

Becky ignorou a mensagem do seu irritante durante toda a noite, o que me faz agradecer aos céus. Não aguento mais esse cara.

Após algumas horas de conversa, Nam e Bai aparecem entrosando na nossa conversa. Quantas saudades senti de todas quando eu estava na Tailândia, tenho melhorado bastante mesmo que em poucos meses após a perda da minha mãe. Confesso que as vezes me bate a saudade, e não consigo se quer dormir, acabo atrapalhando até Becky, que de preocupação permanece acordada comigo durante toda a noite mesmo tendo que trabalhar.

Ter Becky ao meu lado tem me ajudado em muitos aspectos, porém, não posso negar a saudade das minhas irmãs. Aliás, Neung irá se casar, não sabemos quando ainda, nem ela mesma sabe, só nos deu a obrigação de que devemos comparecer e Becky prontamente aceitou o convite obrigatório.

Se passaram horas, Becky e eu já estávamos cansadas e decidimos ir embora. Nos despedimos das nossas amigas com um abraço e dos pais de Nam, que beijaram nossas testas e bochechas. Após a despedida fomos embora, indo em direção ao carro de Becky.

Agora eu iria dirigir já que o acordo que fizemos antes de ir para a festa foi esse, ela dirigia na ida e eu na volta.

No caminho ficamos conversando sobre coisas banais confortavelmente no carro. Becky e eu sempre fomos assim desde o dia em que nos conhecemos, além do nosso amor tem a amizade e compreensão. Posso dizer que a época em que fui morar na Tailândia foi a nossa pior, e olha que não tem tanto tempo que nos conhecemos.

Tudo isso me faz pensar na conversa que tive com Noey, acho que se não for agora não será nunca. Mas como irei fazer isso? precisa ser especial? todos os pedidos que recebi não foram, então não posso dizer que sei, namorei poucas vezes.

Paro o carro em frente a casa da Becky e tiro meu cinto, já imaginando que a menor iria sair primeiro quando ela tirou o cinto antes de mim. Porém ela o faz, na verdade olha para mim. Seus olhos castanhos transmitem tantas coisas bonitas e incríveis, lembro-me da loucura que ela fez por mim, esses olhos me dizem que Becky faria isso milhares de vezes por se possível e até se não fosse possível.

- Becky - a chamo mesmo que ela já esteja me olhando.
- Sim? - se aproxima de mim. Sinto meu coração disparar, céus, esse carro está flutuando? passo a ponta da língua em meus lábios e respiro fundo tomando coragem.
- Você...você... - nada sai, ah merda, anda Freen, diga.
- Eu??? - sorri, certeza que ela está amando me ver nervosa, canalha.
- Eu não sei como fazer isso, estou nervosa - confesso sentindo minhas mãos soarem. Ela nega com a cabeça me dando um selinho demorado em seguida. Nossos narizes estão encostados, e os olhos fixados uma na outra.
- Eu aceito Freen, eu aceito - ela já sabia... certo, talvez seria meio óbvio também, nunca consigo esconder nada.

Meu deus, agora a ficha caiu, ela aceitou, ela aceitou! a mulher que tenho amado com todo o meu ser. Sinto as lágrimas caírem em meu rosto e a vejo sorrir.

- Eu te amo Freen - beija meus lábios novamente.
- Eu te amo Becky, eu te amo - dou vários selinhos em seus lábios cobertos pelo batom levemente vermelho.

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Voltei tá? 😎 senti a necessidade de terminar de uma forma melhor.

fiquem bem ❤️

Seu Anjo - Freenbecky [Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora