Capítulo 28 - O porta-retrato

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Freen's voice

Estou indignada com o que Neung e Soung fizeram. Elas compraram passaportes para Los Angeles alegando que irão embora e me levarão!

- Vocês ficaram loucas? - estamos na sala sentadas no sofá conversando sobre esse absurdo. - não posso ir embora, não podemos! aqui é nossa casa, nosso legado. - Soung balança a cabeça em sinal de negação.
- Aqui não é sua casa! - Soung se levanta com raiva - pare de dizer isso! você claramente não está bem. Está a um ano na mesma, quando falamos o nome de Becky dizendo que sentimos falta dela você muda de assunto. Esta mentindo para si mesma. AQUI NÃO É SEU LUGAR, SABEMOS QUE SENTE FALTA DE LOS ANGELES!. - olho em seus olhos que transmitem tristeza e fúria.
- Já perdi coisas demais morando lá. - digo calmamente, minha intenção não é deixa-la com mais raiva.
- Não Freen - Neung diz calma - na verdade você perdeu coisas demais morando aqui.
- Porque parecem ter superado tão rápido a morte de nossa mãe? vocês deveriam estar piores do que eu.
- Cada um lida com a morte da sua maneira. E você sabe muito bem que nossos pais nunca nos iludiram com a morte. - decido optar pelo silêncio agora e as deixarem falar.

- Vamos ir para Los Angeles com você e depois voltaremos - calma, elas irão comigo e na volta vão sem mim? - sim Freen, você ficará em Los Angeles.
- Como pode ter tanta certeza que ficarei Neung?
- Se concordou em ir mesmo sem perceber, para ficar será fácil.
- E também, há pessoas esperando por você lá. - completa Soung mais calma.

Acho que não vale a pena relutar, porém não tenho esperanças de que Becky está me esperando, pelo que sei ela ainda trabalha com Non e não duvido que eles estejam juntos. Ainda mantenho contato com Noey e ela evita dizer sobre Becky assim como evito também. Noey...como sinto sua falta, a saudade de todas as minhas meninas bate na porta todos os dias para me lembrar de como fui covarde.

- Tudo bem. Vamos para Los Angeles.

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Becky's voice

- Non, pegue aquele quadro para mim - peço ao meu amigo que está me ajudando a colocar as coisas na minha casa nova.
Non e eu declaramos paz após mais uma recaída minha, me senti uma idiota, porém não me culpei como da última vez. Freen me deixou ir e não me fez prometer nada, e também não prometeu nada. Não estávamos em um relacionamento e a tempo não conversamos.

Mas não é como se eu não pensasse nela todos os dias. Nos beijos, abraços e na noite que tivemos no carro. Nossa primeira e última noite. Chego até sentir suas carícias e rio lembrando de suas piadas bregas. Sinto que desde quando fui embora algo ficou na Tailândia, algo que me pertencia. Porém aguento a saudade, entendo que foi a escolha dela.

- Pronto - digo após colocar o porta-retrato na estante onde estavam alguns livros meus. Tinha espaço lá então resolvi colocar algumas fotos.
- Becky - Non me chama apreensivo fazendo me virar em sua direção - faltou essa foto - estende outro porta retrato pequeno onde tinha Freen, apenas ela, tirei essa foto quando estávamos saindo com Nam e Irin para celebrarmos o aniversário dela. Nem todas foram a tarde para ver Freen, mas foram a noite em sua casa.

Flashback on

- Nunca entendo do porque no meu aniversário sempre faz tanto sol assim, amo olhar para o céu mas não consigo por conta da claridade. - indaga tentando tampar a claridade com a mão no rosto, rio de sua mania, ela sempre tampa o rosto dessa maneira e não adianta nada porque assim como diz a mesma, tampa seus olhos mas suas mãos queimam.
- Duvido você olhar para o sol durante um minuto - a desafio.
- Apenas um minuto? está duvidando da minha capacidade Rebecca? - sei que Freen ama desafios e estou sempre a desafiando, mesmo que com coisas bobas. Irin e Nam nos observam em silêncio.
- Estou - também sei que ela não aguentará 3 segundos. A mais velha me olha indignada.
- Você está atrevida! mostrarei que conseguirei sim Armstrong, ou mudo meu nome para Fe.
- Fe? - questiono.
- Sim, Fe. Não me pergunte do porquê o nome, apenas disse o que veio primeiro em mente. - justifica e se senta no banco branco, ajeita seu boné também branco. Então aproveito a deixa para pegar meu celular e no momento certo em que ela olha para o sol tiro foto. Freen me olha desconfiada após escutar o barulho de câmera do aparelho.
- Eu escutei hein, não adianta mentir. - começo a rir da cara que ela faz.

 - começo a rir da cara que ela faz

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Flashback off

Passo os dedos levemente na foto e sinto meu peito apertar, quanto tempo não digo seu nome em voz alta, que evito qualquer assunto sobre nós. Nos afastamos sem esperarmos por isso, e agora não sei se ela está bem, se encontrou outro alguém. Converso com suas irmãs mas bem pouco e todas as vezes que elas tentam dizer algo sobre Freen mudo de assunto. Porque evito falar sobre ela? seu nome me causa arrepios na pele, aperto no peito... saudade. E não ter a certeza de que ela voltará para mim.

As vezes me pego pensando "Freen faria o mesmo que fiz por ela?" e não sei dizer qual seria a resposta certa.

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desculpe se houver erros ortográficos ❤️

tá acabandoo

Seu Anjo - Freenbecky [Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora