37- Talvez ainda possamos salvar o nosso começo.

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NINA PORTELLA

Como ele pôde me achar tão rápido assim? Isso me assusta, o jeito que ele me acha em qualquer lugar, o jeito que procura por mim, o jeito que está parado sorrindo como se estivesse contando vitória. Eu exalei raiva quando escutei Pablo dizendo o seu nome, mas parte de mim, aquela parte que eu não estou controlando mais, entrou em parafusos, de uma forma que nem sei explicar. Nem preciso dizer que a tremedeira de sempre começou. Mas eu estava tão cheia de raiva que desci as escadas tão rápido que nem olhei para os degraus e ele estava olhando para mim com aqueles olhos hipnotizados, com aquele sorriso malandro e desafiador, pelo qual me deixou ainda mais irritada.

— Eu disse para você que sempre vou te encontrar — ele falou olhando em meus olhos, ainda com o sorriso malicioso e um tanto quanto debochado.

 — Eu disse para você que sempre vou te encontrar — ele falou olhando em meus olhos, ainda com o sorriso malicioso e um tanto quanto debochado

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Eu senti um pouco de medo, não vou negar. Não importa onde eu for! Ele vai me encontrar. Isso é o que eu sinto, por mais que eu tente fugir, eu apenas não consigo. É impossível lutar contra eu mesma, contra os meus sentimentos e ainda por cima lutar contra essa perseguição estranha do Harry por mim. É assim que eu vejo agora, como uma perseguição. Se eu for pensar, tudo que ele fez, todas as vezes que ele me trouxe até ele, a vez que ele simplesmente descobriu o endereço da minha casa. As coisas como um todo parecem muito mais assustadoras, ele vira um maníaco se juntarmos todas as peças. Eu apenas não estava enxergando o quão intenso é ficar ao lado do Harry, eu estava achando que essas coisas começaram apenas em Londres, mas não. Sempre foi assim, desde o dia que eu o conheci, ele sempre foi grosso e instável e segundos depois amável e carinhoso. Talvez seja isso que ele tentou dizer quando falou "Eu fico cego quando estou apaixonado, mais cego do que as pessoas normais ficam". Mas como posso lidar com isso? Eu gosto do jeito que ele me surpreende quando me pega pela cintura, quando tira os meus pés do chão enquanto me beija, mas ao mesmo tempo eu não quero que seja tão controlador. Eu não quero que seja perigoso para mim.

— E como você fez isso? — Minha voz saiu arranhando a garganta. Ele estava sorrindo enquanto eu estava séria. Só não estava gritando por que realmente não podia. Iria acordar todos na casa.

— Isso não importa — Ele tirou o sorriso do rosto e deu um passo se aproximando de mim, mas eu recuei. Ele olhou completamente desapontado, mas eu não consigo olhar para suas mãos e não imaginá-las cobertas de sangue. Isso não saiu da minha cabeça ainda e não sei quando vai sair.

— É claro que importa! — Eu precisava saber dos seus meios de me encontrar — Se eu te perguntei é porque eu quero saber.

— Ok, Ok... — Ele me interrompeu levantando uma das mãos, ele parecia ter se irritado. Mas eu não me importei. — Eu passei a noite batendo de republica em republica — Meus olhos arregalaram e minha garganta secou. Ele deve ser realmente muito louco, ele passou a noite batendo em portas? Harry Edward Styles?

— Quantas...? — Minha voz falhou antes que eu completasse, mas ele entendeu.

— Umas 13 — Harry se escorou no sofá e cruzou os braços. Eu mordi os lábios enquanto tentava absorver o que ele tinha me dito. Eu nunca imaginaria Harry fazendo isso, não por mim.

4 Months without youOnde as histórias ganham vida. Descobre agora