21. Antônio

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É sábado à noite, estamos todos na casa do Júnior, curtindo a tarde na piscina com as crianças.

A diversão já dura horas, até que Ana, a esposa do meu amigo, sai de dentro da casa falando ao celular.

- Amanda, o que acha de nós duas irmos à uma boate com nossos amigos da aula de dança hoje? Os nossos maridos ficam com as crianças.

Amanda me olha e eu confirmo com a cabeça, concordando.

- Acho ótimo - fala sorridente.

Ana se volta ao telefone.

- Ótimo Rick, me manda o endereço e o horário, e eu a Mands estaremos lá. Beijos - Ana desliga o telefone e se vira pra Amanda - Meu número é maior que o seu, mas acho que você pode encontrar alguma coisa pra usar no meu armário, o calçado é o mesmo número.

- Por mim está perfeito - minha esposa confirma.

Ficamos ali mais um tempo, até que elas resolvem entrar para se arrumar. Eu e o Júnior ficamos na piscina com as crianças.

Duas horas depois, entramos e vamos para à sala, pegamos pipoca e refrigerante e damos play em um filme infantil.

Uma hora depois elas descem as escadas e meus olhos varrem a minha esposa que está usando uma saia curtíssima, com a frente toda em botões, uma blusa de gola e manga curta preta, e uma bota de veludo preta acima dos joelhos e saltos altíssimos. Gostosa demais para andar por aí sem mim. O ciúmes me sobe à cabeça.

- Nem fodendo - falo me levantando rápido e pulando por cima do braço do sofá, indo até ela.

- Antônio, olha a boca, as crianças - me repreendende.

- Desculpa pequena, mas essa saia está muito curta, se você se abaixar qualquer pouquinho, vai mostrar demais - tento puxar a saia pra baixo, mas é impossível.

Ela dá um tapa na minha mão, no mesmo tempo que o Júnior está ao lado da esposa reclamando.

- Ana, qual a possibilidade de você trocar esse vestido? - pede também com raiva.

- Nenhuma, estou me sentindo linda e gostosa assim - ela responde para ele.

- Gostosa até demais - ele reclama.

- Amor, por favor, está muito curto - peço uma última vez, olhando pra minha esposa, já sabendo que ela não vai trocar a saia.

- Foi a única roupa que coube em mim. E estou me sentindo sexy e poderosa - ela tenta me explicar com calma, mas já com fúria nos olhos do meu ciúmes.

- Esse é o problema, você está se sentindo sexy e poderosa, e não são meus olhos que vão estar sob você esta noite - argumento sabendo que meus ciúmes me deixam cego.

- Não tem negociação Antônio - decreta.

Olho para o Júnior por longos segundos, até que falamos em uníssono.

- Nós vamos juntos.

- Não - Amanda e Ana falam juntas.

- Sim, apenas o tempo de um banho rápido e trocar de roupa, vou ligar pra babá - Júnior fala já subindo as escadas.

Evitando os olhares das duas sobre mim, vou atrás dele. Em menos de vinte minutos nós dois estamos prontos, e elas estão com cara de poucos amigos.

Quando chegamos à boate, agradeço aos céus por ter vindo. Homens demais, atrás de mulheres lindas, e eu não vou permitir que uma delas seja a minha.

O grupo das meninas se reúnem e elas nos apresentam. Bebemos um pouco e batemos um papo. Até que começa uma música e todos eles gritam.

- Vai malandra uhum uhum...

DocShoe - PatienceWhere stories live. Discover now