16. Antônio

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Dois dias depois, chegamos em Miami. Ela queria cancelar a passagem, mas a convenci a vir já que estava comprada.

- Quando vamos marcar a data do casamento? - pergunto enquanto estamos sentados almoçando.

- Precisamos conversar primeiro sobre como vai ser a logística. Você aqui, eu no Brasil... - ela comenta sem olhar pra mim enquanto revira a comida no prato.

- Amor, olha pra mim - peço calmo - eu não vou te pedir pra abandonar sua vida no Brasil, da mesma forma que é impossível abandonar a minha aqui. É a carreira que eu tentei construir desde os doze anos, e que felizmente deu certo. Daqui alguns anos eu me aposento e posso voltar para o Brasil, mas por hora, se eu quiser seguir na academia, minha única chance é continuando aqui.

Eu faço uma longa pausa esperando que ela fale alguma coisa, como não faz, eu continuo.

- Eu adoraria que você morasse aqui comigo, é o que eu mais quero. Mas, se a sua decisão for casar e seguir no Brasil, nós vamos fazer dar certo. O que são oito horas de voô pra quem encontrou o amor da vida inteira?, nada. Se eu precisar pegar quatro pontes aéreas todo mês eu vou, sem reclamar.

- Você quer que eu more aqui com você? - ela pergunta como se aquilo fosse uma revelação, eu pensei que já tivesse deixado mais do que claro.

- Claro, eu quero me casar e viver isso com você, com direito a todo clichê que o casamento oferece. Mas eu vou entender se essa não for sua vontade. Você também tem uma carreira, pela qual lutou tanto ou mais do que eu - digo e espero uma resposta.

- Posso me organizar pra passar mais tempo aqui do que lá, mas em definitivo no momento, é difícil - ela fala, e parece tímida.

- Eu te amo - me declaro, feliz da escolha e renúncia que ela acaba de fazer.

- Eu te amo, vamos marcar a data do casamento então.

- Por favor, não quero noivado longo, é só o que eu te peço - falto implorar. Não vejo a hora dela ser minha em definitivo. Minha esposa.

- Que tal um ano? - pergunta, querendo saber a minha opinião.

- É o máximo que eu quero esperar - Mentira. Um ano era tempo pra caralho, mas tento ser racional - vamos contratar um cerimonialista?

- Sim, vou ligar pra minha acessora mais tarde e pedir ajuda com isso. Será que casar na Bahia seria um problema pra você?. Sempre quis casar na praia - ela pergunta, e pra mim nada seria um problema, desde que eu a tivesse.

- Nada me faria mais feliz pequena. A logística da nossa família, eu resolvo depois. Podemos alojar todos em um resort.

- Perfeito - ela diz enquanto se levanta e vai andando até o quarto - estou um pouco cansada da viagem, vou me deitar. Você não vem?

E eu já estou correndo, a acompanhando até o quarto.

Querendo que essa passagem da minha pequena por Miami seja marcada apenas por coisas boas, resolvo de última hora, fazer uma viagem para um lugar muito famoso aqui na Flórida.

É sexta de manhã. Ela está dormindo quando eu começo a passear minha mão pelo seu corpo.

Ela se espreguiça toda e abre um pequeno sorriso. Abre e curva levemente as pernas dando passagem para os meus dedos que começam a tatear pelo seu púbis.

- Como está a minha noiva hoje? - pergunto brincalhão enquanto enfio um e depois outro dedo dentro dela.

- Hmmm, desejando acordar assim todos os dias - ela geme enquanto rebola um pouco na minha mão.

DocShoe - PatienceWhere stories live. Discover now