Capítulo 11

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 Passaram dois dias e eu decidi só focar nos estudos, tentei não pensar na Ayla nem na Carol, não que funcionou muito mas pelo menos fui bem nos simulados que fiz. É manhã e resolvo descer para uma pausa, sou surpreendida com Sofia lá embaixo, este não é o horário que ela vem.

— Yas! Quer um café também, meu amor? — Minha vó diz super animada, ultimamente ela anda assim.

— Quero sim, obrigada. — Digo pegando uma xícara no armário. — Oi Sofia.

— Oi Yas, andou sumida. — Ela diz enquanto coloco o café na xícara.

— Tava estudando. — Precisava tirar um tempo para mim.

— Isso é bom. — ela diz com um sorriso.

— Essa ai só quer saber de estudar, não sei da onde puxou, do nosso lado não foi, da sua mãe também não.

— Tive que aprender a gostar de estudar ou não ia dar certo né? — Isso é verdade, eu gosto de estudar.

— Estudar é legal quando é algo que gostamos, ainda bem que você gosta, fica mais fácil. — Já falei que ela é muito legal?

— É mesmo. — Tomo meu café e ficamos em silêncio por um tempo.

— Vai ter um encontro na casa da Heloisa, pra comemorar que ela tá de volta se você quiser pode ir, não sei se te falaram alguma coisa, já que você tava sumida. — Ninguém tinha me falado nada.

— Vou ver com as meninas, mas acho que vou sim, apesar que eu nem conheço ela. — Isso era para ser um pensamento mas sai em voz alta.

— Não tem problema, ela é muito próxima da Nanda e vocês são amigas.

— Ela é próxima da nanda? — Será que é ela?

— Elas eram, por quê?

— Nada, ela tava onde? — Por favor, que seja Bahia.

— Na Bahia se não me engano. — Um sorriso escapa da minha boca.

— O que foi?

— Nada, com certeza eu vou. Você vai?

— Vou, quer que te leve?

— Não precisa, acho que vou com as meninas.

— Entendi.

— Sofia, leva um pedaço de bolo. — Minha vó aparece pela porta, nem percebi que ela tinha ido.

— Não precisa. — Sofia diz negando com a cabeça.

— Eu insisto. — Minha vó já está colocando o bolo no pote.

— Eu já to atrasada, falei que ia ajudar meu pai, o carro quebrou. — Ela diz se levantando. Será que este bolo tá ruim?

—Leva Sofia. — ela diz séria entregando o pote.

— Tá bom. — A coitada não tinha nem como negar. Ela se despede e vai embora.

— Você vai na festa? — ela diz voltando a se sentar na mesa.

— Você podia ter ficado aqui, não precisava ficar escutando escondida.

— Quis dar privacidade para vocês. — Dou risada, ela é demais.

— Só você. — Continuo rindo.

— Mas você vai? — Ela nem se abala.

— Vou, provavelmente a Nanda vai.

— E a Carol?

— Acho que vai também, não nos falamos muito nesses dias. — Ela solta um resmungo. — Quê?

— Nada, só que estavam tão próximas agora nem tão se falando.

— Só falei com você nesses dias.

— Tá bom então. — ela não parece convencida mas não quero discutir. Termino meu café e resolvo subir para ler.

Longe da cidadeWhere stories live. Discover now