XXXI. Ékstasis

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Taehyung deu um aceno leve, e Jeongguk estendeu o braço para pegar um diminuto recipiente de cerâmica que estava na borda da banheira, perto da junção com a parede.

Jeongguk retirou a tampa, e o cheiro de sabonete levemente perfumado — amêndoas? Taehyung tentou adivinhar — preencheu o nariz dos dois. Ele derramou o líquido sobre uma palma, voltando o frasco para a borda.

Começou ensaboando os ombros de Taehyung com uma mão firme. Havia algum componente oleaginoso no sabonete, provavelmente as amêndoas, que o deixava escorregadio mesmo quando misturado com a água, fazendo-o parecer mais um óleo de banho. O beta se deitou no toque, exibindo mais o seu tórax. Jeongguk foi descendo mais e mais a mão, seguindo toda linha de sua coluna, até alcançar a parte interna de suas coxas.

— Você é tão macio aqui. — Jeongguk passeou a mão, calejada de anos manuseando as cordas de seus navios, nas curvas mais íntimas de Taehyung. — Macio por inteiro. Feito para mim.

Taehyung encarou o teto, respirando descompassado. O elogio o atingia na esquina mais abastada de seu coração, acalentando as mais profundas inseguranças que moravam ali.

Com a mão que estava livre, Jeongguk fez uma concha para pegar um pouco de água, despejando sobre a clavícula de Taehyung, arrancando-o de volta para o presente. O beta estremeceu, agarrando os ombros de Jeongguk.

Jeongguk acompanhou com o olhar a descida das gotas pelo colo liso. Algumas atingiram um dos mamilos de Taehyung, e o alfa as capturou com a boca; o pequeno círculo protuberante enrijeceu-se de imediato com o choque do calor de sua língua. Taehyung deu mais um sobressalto, e teve que cravar as unhas atrás da nuca de Jeongguk para conter-se.

Jeongguk circulou o mamilo com a língua, chupando-o com crescente vigor. Enquanto isso, a mão que estava entre as coxas de Taehyung ficou mais exploratória. Jeongguk ensaboou todo o seu períneo, deixando a ponta dos dedos deslizar ao redor da entrada dele, provocando mas sem penetrar de fato.

Uma avalanche de puro prazer percorreu a espinha de Taehyung. Jeongguk endireitou a sua coluna, direcionando a boca para a curva do pescoço torneado e sensual dele.

— J-Jeongguk — Taehyung arfou, fincando seus dedos com mais força, marcando a nuca de Jeongguk com o formato crescente de suas unhas.

Jeongguk grunhiu, levantando o rosto, colando a sua testa na de Taehyung. Ele olhou bem fundo nos seus olhos, e Taehyung suprimiu um som de submissão. Jeongguk estava lhe encarando como jamais o fizera — como se ele fosse um prato que estava prestes a devorar.

— Vou usar suas coxas, está bem? — o alfa murmurou com a voz rasgada.

Então agarrou com força as nádegas dele, massageando-as em círculos, usando-as para puxar mais o corpo de Taehyung contra si. Encaixou seu membro em um ponto de pressão entre as coxas do beta, movendo os quadris para cima, como se estivesse de fato metendo dentro dele.

Os movimentos vigorosos agitaram a água, fazendo o volume subir até a borda da banheira e transbordar pelo piso.

Taehyung prendeu a respiração. Ele apoiou as palmas no peito de Jeongguk, buscando melhorar o equilíbrio. Também estava dolorosamente duro, e inconscientemente tentou se esfregar contra o peitoral do outro para obter algum alívio. Jeongguk fez um som de encorajamento, mas não fez menção de tocá-lo; daria tudo a ele, depois, mas primeiro necessitava dispersar o nevoeiro de insanidade em sua mente.

O seu lobo finalmente tinha o que queria: Taehyung, completamente entregue em seus braços, sem necessidade de qualquer cautela. Jeongguk precisava deixar que seu alfa tivesse aquilo, precisava libertá-lo. E Taehyung o entendia; ele envolveu os braços no pescoço de Jeongguk e deixou-se ser usado daquela forma descontrolada.

Servante (jjk + kth) (ABO) - ConcluídaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora