Capítulo 31

122 6 0
                                    

Amélia

Eu acho que eu nunca senti tanta tensão como agora. Os olhos do meu irmão só faltavam fuzilar nossos corpos

Negão:Repete que eu não escutei

Van Damme:A gente está ficando a algum tempo.

Negão:Tu comeu minha irmã, filha da puta?  -ele pulou em cima do filipe e ficou enchendo ele de socos - Cadê o respeito?

Amélia:Pelo amor de Deus. Eu não preciso que você defenda minha honra -tiro ele de cima do van Damme- Eu sou crescida e sei o que faço da minha vida.

Negão:Eu só não quero que tu se machuque com mais um arrombado

Amélia:Eu te amo, mas não precisa cuidar de mim como se eu fosse um boneco frágil. Eu sei me cuidar

Negão:Eu sei que tu vai se cuidar, mas não tenho certeza se ele vai fazer o mesmo.

Van Damme:Eu vou fazer o mesmo. Estou te dando minha palavra de homem, rafael

Ele olhou feio para o filipe, mas logo em seguida tacou um travesseiro nele.

Negão:Vou te dar um voto de confiança, mas é bom tu não ser cuzão

Van Damme:Te prometo, pô

Amélia:Agora que os dois pararam de birra vocês podem experimentar o macarrão que eu fiz? -eles se olharam estranho- Não acredito que vocês vão fazer desfeita

Negão:Acho melhor tu comprar outro macarrão e eu faço algo mais simples

Amélia:É sério isso, Rafael?

Van Damme:Teu macarrão está duro, Amélia -ele veio até mim, então me deu um selinho - Tá ruim

Amélia:Quanta consideração, viu. Eu vou no mercadinho, mas eu deveria deixar vocês morrerem de fome

Peguei o dinheiro e fui embora, enquanto os idiotas ficaram rindo do meu macarrão que segundo eles parecia "pedra"

Eu fui descendo o morro e parei na esquina onde tinha um mercadinho, porém está fechado. Decidi ir em um outro mercadinho que era um pouco mais afastado de casa

Como eu não queria deixar todo mundo com fome eu escolhi ir por um caminho mais curto. Fiquei viajando nos meus pensamentos, mas logo uma sensação tomou meu peito

-Perdida, vagabunda? -olhei para trás e vi uma mulher loira- Soube que tu tá de casinho com Van Damme e não gostei nadinha dessa putaria. Quem é mulher dele sou eu

Amélia:Você e metade dessas mulheres acham que é algo dele, mas não são.

-Elas são elas, mas eu tenho até um filho com ele. Tu vai levar uma surra para aprender que macho dos outros não se senta e nem olha

Amélia:Você é louca, né? -respirei fundo - Pode vir me bater, mas saiba que também vai levar.

Logo brotou umas três garotas no beco com madeira na mão e eu fiquei sem saber o que fazer. Isso é a maior covardia contra alguém

-Tá muito abusada, vagabunda

Amélia:Não consigo entender como alguém se presta em fazer isso por homem. Ele não está com você por escolha dele e eu não tenho nada a ver com isso

-A surra não é só pelo van Damme, doutorinha. Isso também foi mandado pelo Capitão matos

Meu coração pulsava tão forte que eu mal conseguia ouvir as vozes delas, mas acabei ouvindo o barulho de uma moto bem perto de mim. Me virei para o outro lado do beco e vi o caveira em cima de uma moto

Caveira:Tão ficando maluca, bando de puta? -ele desceu da moto e depois tirou uma arma da cintura- Quero geral piando pra casa antes que eu exploda a cabeça de vocês.

Elas ficaram recuadas, porém obedeceram.

-Vai achando que tu vai se livrar

Eu não tive reação

Do nada eu vi um corpo ensanguentado caído em minha frente. Uma das meninas foi baleadas no rosto pelo caveira, porém eu ainda conseguia ouvir barulho da respiração dela. As outras duas saíram correndo com medo, enquanto eu fiquei em choque com aquele corpo em minha frente.

Caveira:Vem, Doutora -ele saiu me puxando- Tu consegue subir na moto?

Amélia:Sim

Eu acabei subindo na moto com a ajuda do Caveira, mas eu não conseguia me segurar na moto. Meu corpo está molenga e meus pensamentos sempre vão naquela menina com o rosto estourando.

Ele dirigiu calmamente, então demorou um pouco para chegar na minha casa. Assim que a moto parou na frente da minha casa eu sai correndo para dentro. Meu psicológico já estava abatido, mas agora parecia pior que antes.

O primeiro que eu vi foi o van Damme, então pulei nos braços dele.

Van Damme:Por que tu tá assim, Amélia -ele me abraçou mais forte - Que foi?

Amélia:Será que vai ser tão difícil ter paz?

Van Damme:Não vai, mas tô aqui pra tudo que tu precisar.

Caveira:Tentaram bater nela, Filipe -Caveira entrou falando sem cerimônia, então me desvicilhei do abraço e olhei feio para ele - É verdade. Aquelas ratas da goma oito e a psicopata da Mariana

Van Damme:Não acredito que essa vagabunda saiu da cidade alta para vir bater na minha mulher -olhei de relance para ele, porém ele nem e tocou o que tinha falado - Parente nenhum vai salvar ela de ir pra vala.

Amélia:Elas estavam prontas para me matar espancada naquele beco mesmo.

Negão:Que bagulho tá acontecendo? -ele desceu das escadas e se aproximou de mim - Por que tu tá chorando, Amélia?

Amélia:Três mulheres tentaram me bater naquele beco perto da praça. Uma delas queria me bater por causa do filipe, mas as outras falaram que tinha sido encomendado pelo Capitão Matos. Esse homem quer me fazer mal de qualquer jeito e eu não estou segura  mais aqui.

Negão:EU VOU MATAR ESSES DESGRAÇADOS

Van Damme:Vamos logo pegar essas vermes, porque um horas dessas elas devem estar vazando daqui

César:Puta que pariu -ele entrou em casa correndo - A Tamires tá metendo o pau na kalina lá na praça. Tá sendo um massacre mesmo

Ali o desespero piorou. Tamires ia matar essa mulher e ia sobrar para ela

_

Tudo bem, Gente?👀

Me desculpem tanta demora para atualizar, mas acabei ficando muito desanimada. Me perdoem se esse capítulo não foi bom, mas saibam que escrevi com amor

Eu prometo entregar mais no próximo capítulo.

Um beijo e até a próxima🦋

LealWhere stories live. Discover now