Capítulo 29 - Pinguins são animais fiéis

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15 de Março de 1992

"Pinguins são animais fiéis"


Draco precisou ir às estufas naquela manhã. Era um assunto que tinha ficado esquecido por causa da história da Câmara Secreta e por causa das provas do bimestre.

Ele tinha pesquisado bastante sobre formas de ajudar Harry, buscando qualquer coisa que pudesse fazer para ele se sentir menos pior durante as luas cheias. A informação de que animais não são afetados ou atacados por lobisomens lhe atingiu como um raio e, antes do recesso de Natal, Draco pediu para que Neville separasse algumas folhas de mandrágoras.

Era por causa de Harry que Draco tinha se deslocado até as estufas e estava prestes a fazer algo totalmente ilegal e perigoso.

— Neville? – ele chamou, cuidadoso, quando entrou na estufa.

— Ah, oi, Draco! – ele cumprimentou, se levantando do chão. Uma de suas bochechas tinham um rastro de terra e suas mãos estavam enluvadas enquanto ele, aparentemente, mudava algumas plantas para outros vasos — Entra! Separei o que me pediu – disse, batendo uma mão na outra.

— Oi – Blaise cumprimentou, descontraído. Estava com um avental para jardinagem enquanto obviamente não fazia absolutamente nada.

— Você está aqui de novo? – Draco franziu o cenho, fechando mais perto dele — Blaise, vá arrumar o que fazer. Pare de incomodar o Neville.

— Eu não...

— Ele não me incomoda, Draco – Neville disse, soltando uma risada.

— Viu só? – Blaise disse, sorrindo convencido — Quem incomoda e atrapalha aqui é você! Seu chato.

— Está começando a ser insuportável que nem o Rony – Draco zombou, erguendo o queixo — Está falando demais com ele.

— Com ciúmes, loirinho? – Blaise provocou, pondo a mão na boca de uma forma exagerada — Não fique assim, sabe que eu sou todo seu!

Draco fez uma careta enjoada. Neville soltou uma risada.

— Aqui – Nev disse, lhe entregando um potinho de vidro com algumas folhas de mandrágora dentro. Muito mais do que Draco esperava que fosse receber.

— Obrigado – Draco agradeceu, às olhando — Como estão as mandrágoras?

— A maioria já foi para outras estufas – ele disse, fazendo carinho nas folhas de uma planta azul esquisita, que se remexeu contente ao receber contato — A gente não precisa mais delas agora que todo mundo já voltou ao normal.

— Se... se por acaso eu precisar de mais algumas – ele comentou, olhando em volta — O que eu faço?

— Sempre temos algumas nas estufas nove de onze – Ele disse — Mas não se preocupe. Eu coloquei algumas a mais para caso dê errado.

Draco franziu o cenho, o olhando curioso.

— Caso o que dê errado? – Neville o olhou sorrindo gentil e deu de ombros. Draco ergueu uma de suas claras sobrancelhas em sua direção — Como você sequer sabe o que eu vou fazer?

— Eu sei muito sobre plantinhas – Explicou, meio acanhado e orgulhoso ao mesmo tempo — E sei o quanto você se importa com ele.

— Ei, ei, de quem estamos falando? – Blaise questionou, curioso — Não falem das coisas em segredo! Eu sou curioso.

— O que é que você faz aqui o dia todo? – Draco perguntou maldosamente, se virando para ele — Nem sequer gosta de plantas.

— Não, mas eu gosto do Nev – Blaise disse, sorrindo. Ele arregalou os olhos quando notou que Neville tinha ficado em tons alarmantes de vermelho e que Draco estava o olhando divertidamente — Digo... eu gosto de passar tempo com ele.

Blood Moons - Segundo LivroWhere stories live. Discover now