Dias Nublados e Noites Estreladas

3. Noites estreladas.

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Era uma noite normal no apartamento do casal, a rotina de limpar a mesa depois que o jantar terminara e ambos se retiraram para diferentes cantos da casa.

Mafu estava mais uma vez na sala de trabalho, o som de um clique do mouse ocasionalmente ouvido por Soraru. Ele se sentou na sala de estar, gravando mais gameplays para fazer upload em seu canal.

Essa noite não era diferente das outras. Bem, tudo estava completamente comum até o momento em que Soraru fez uma breve pausa de seu comentário sobre um certo jogo de terror para olhar para cima, percebendo a luz acima dele piscando. Estava ligeiramente escurecendo, desaparecendo ocasionalmente. E, de repente, escureceu no apartamento deles.

Ele ouviu um pequeno grito de onde o mais novo estava e decidiu desligar seu laptop, deixá-lo em cima da mesinha e sair do sofá.

Ligando a lanterna de seu celular, ele se aventurou até sala à prova de som, apenas para ver o albino pressionando freneticamente os botões, em uma tentativa desesperada de salvar seu trabalho no computador morto, não percebendo a luz atrás dele.

"Sweetcake, você 'tá bem?"

Ele deu um leve pulinho, virando sua cabeça para a fonte do barulho.

"Não! Eu acabei de perder meu trabalho! Eu tinha salvado ele faz uns minutos, mas tinha um instrumental muito bom que eu coloquei e agora ele não vai mais estar lá e eu tenho que fazer tudo de novo e a música 'tá arruinada e tudo é uma merda, e minha carreira acabou e agora eu tenho que parar de escrever músicas e me tornar um fazendeiro!"

Enquanto Soraru queria rir da completa bobagem que estava saindo em alta velocidade da boca do albino, ele parecia genuinamente chateado, com lágrimas nos olhos que precisavam ser cuidadas primeiro.

Aproximando-se do namorado, ele segurou seu rosto, limpou as lágrimas de seus olhos e o beijou levemente no nariz.

"Você pode trabalhar nisso amanhã, tudo bem? Talvez soe melhor amanhã com um pouco de descanso. Não há nada que você possa fazer agora de qualquer maneira, então vamos lá, faça uma pausa comigo, por favor?" Soraru perguntou, movendo a mão para cutucar a bochecha do namorado, a outra envolvendo-o.

Mafu franziu a testa, abraçando Soraru e descansando o queixo em seu peito.

"Tudo bem.. Aposto que foi você quem cortou a energia, só para que você possa fazer isso!"

"Por você, eu faria qualquer coisa." Ele brincou, dando um tapinha na testa do namorado.

"A culpa é sua se eu me tornar um fazendeiro, você sabe." Mafu gemeu, enterrando o rosto no peito para evitar ser atingido enquanto Soraru apenas riu, agitando o cabelo, mais aliviado por ter sido capaz de levantar o espírito do albino.

"Tudo bem, vamos. Vou acender algumas velas e podemos encontrar algo para fazer na sala de estar. Meu celular não vai durar muito mais nesse ritmo, então precisamos de um pouco de luz." Soraru disse, tentando tirar as mãos de Mafu dele para pegar seu celular, ligando a lanterna novamente, cauteloso com a bateria que se esgotava rapidamente.

Mafu agarrou na manga do suéter e foi levado para o corredor escuro, iluminado pelo brilho branco áspero do celular de Soraru.

Eles fizeram uma parada rápida em seu quarto, Mafu agarrando o maior número possível de cobertores e travesseiros, enquanto Soraru procurou nas gavetas a caixa de velas de chá que foram presenteadas a ele por alguém que ele não se lembrava, há muito tempo.

Mafu pendurou dois cobertores sobre seus ombros e abraçou um tanto de travesseiros, esperando na porta que Soraru iluminasse o caminho em direção ao seu destino. Os dois lenta e cuidadosamente atravessaram a casa, tentando não esbarrar em móveis e evitando possíveis hematomas e arranhões.

A jornada periça pelo apartamento escuro finalmente terminou, quando eles entraram na sala espaçosa.

Soraru sentou-se no chão, bem ao lado da janela, e começou a colocar as pequenas velas no chão, certificando-se de que elas estivessem espaçadas corretamente.
Mafu passou alguns travesseiros para Soraru e colocou o segundo cobertor sobre ele antes de cair no chão em frente ao mais velho e se cercar com sua capa.

Enquanto Soraru estava ocupado acendendo as velas, Mafu olhou pela janela, percebendo que toda a área deles estava escura como breu, o subúrbio também foi afetado pelo apagão. No entanto, isso veio com um lado positivo.

Era uma noite perfeita para observar as estrelas, ele podia vê-las brilhando mais claramente do que nunca, agora que todas as luzes da cidade haviam desaparecido.
O luar fluía, aquecendo a sala em um brilho pálido, contrastando com o céu azul escuro, quase preto. A cor o lembrou de sua pessoa especial, que agora estava olhando de volta para ele, iluminado pela luz das velas cintilantes ao seu redor.

"Você fica tão bonito sob o luar." Soraru sorriu tão genuinamente e amorosamente que o coração de Mafu estava prestes a estourar.

"Obrigado por fazer isso por mim.." Ele respondeu suavemente, ajustando o estoque de travesseiros que estava abraçando no momento.

"Não é incômodo se for 'pra você."

E lá eles se sentaram, sob as estrelas, contando histórias e brincando por o que pareciam horas, assistindo a noite passar, esquecendo de quaisquer preocupações ou problemas.

Lentamente e gradualmente, no entanto, as pausas entre frases e histórias cresceram, à medida que os olhos do albino começavam lentamente a apor.

No meio da história de Soraru, que continha uma descrição aprofundada de seus animais de estimação de infância (conforme solicitado por um certo alguém), seus olhos estavam fechados e ele estava desligado como uma lâmpada.

Soraru sorriu, inclinando-se e soprando as velas, a maioria delas já se acumulando com cera derretida.

Cuidadosamente, ele se virou para o namorado e se inclinou para buscá-lo, certificando-se de que o cobertor ainda estivesse enrolado ao redor dele. Mafu instintivamente se inclinou diretamente em seu peito, e seu namorado beijou o topo de sua cabeça.

Os olhos de Soraru agora se ajustaram à casa escura, e ele navegava até o quarto deles com apenas o luar como guia.

Mas, honestamente, Soraru não se importou com as luzes se apagando ou com o corte de sua gravação. Nada disso o incomodava.

Afinal, a luz de sua vida já estava em seus braços.

O que mais ele poderia pedir?

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HAHSHWIWWHH essas duas últimas frases são mt clichê mas fazer oq ne

1081 palavras. Sinto muito por qualquer erro de ortografia. :3