coisinhas

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Sinopse: Na qual Vegas percebe que mesmo amando Pete, ele não havia reparado nas pequenas e grandes coisinhas...

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Vegas havia ido em uma vidente e a mulher disse que alguém que ele mais amava morreria em breve, o Theerapanyakul amava Pete mais que tudo na vida, então só poderia ser ele.

Ele tentou de tudo, mas a mulher apenas disse que nada poderia ser feito, o destino queria assim e ele não mudaria suas leis e suas ações simplesmente... O destino era um filho da puta e Vegas sabia, só não queria realmente acreditar.

Durante os primeiros dias negou a si mesmo acreditar naquilo, era loucura, coisa de uma mulher que queria um dinheiro fácil e enganar os outros, mas depois ele lembrou que não era a primeira vez que ela dizia algo e no fim realmente acontecia. Ela não era estava louca ou brincando com aquilo, então Vegas realmente ergueu a cabeça decidido; não sairia de perto do namorado.

Pete no começo estranhou, até porque Vegas gostava do seu próprio espaço, mas não reclamou, gostava do namorado mais próximo. Não que Vegas fosse o distante do relacionamento, mas Pete era mais carinhoso e Vegas mais na dele e poucas vezes fazia algo que Pete queria ou gostaria.

Os dias passando e virando semanas, Vegas não saía de perto de Pete. Porém com essa aproximação toda Vegas percebeu que mesmo amando Pete mais do que qualquer outro alguém, não percebeu antes os detalhes do seu namorado, pequenas e grandes coisinhas.

Ele sempre faz careta enquanto come algo doce.

Ele dorme com os pés fora da coberta.

Passa as mãos pelos cabelos quase todo minuto.

Assobia enquanto cozinha.

Xinga baixinho quando entra em casa.

Coça a nuca sempre que está nervoso.

Morde o lábio sempre que está irritado.

Ri sempre que diz eu te amo.

Sorri sempre antes de dormir.

Vegas nunca havia reparado nessas coisinhas, gostava de ter seu espaço, mas seu espaço era tão grande assim que não percebeu isso antes? Não se sentia culpado e nem Pete o culparia de algo, cada um tem seu espaço... Mas talvez todo aquele começo de um imenso espaço entre eles estivesse fazendo Vegas não observar as coisinhas pequenas e grandes do seu namorado.

— O que foi? — Pete perguntou e Vegas piscou algumas vezes antes de o encarar. — Estava pensando no que?

— No quanto eu te amo e o quanto amo suas pequenas e grandes manias. — Vegas disse e Pete riu.

— Você está tão estranho, só vive aqui em casa, não que eu esteja reclamando, mas você quase nunca dormia aqui. — Pete disse e Vegas se aproximou deitando em seu peito.

— Só percebi que preciso aproveitar as coisas ao seu lado, ter espaço é bom, mas ficar com você juntinho é um pouco melhor.

— Vamos ficar assim para sempre amor.

— Sim, nós vamos.

Vegas não sabia se realmente o namorado iria morrer como a mulher disse, mas se ía ou não, Vegas iria aproveitar ao máximo Pete e viver do amor alheio até o dia em que não fosse mais possível.

O destino pode ser um filho da puta, mas muitas vezes ele age para mostrar as pequenas coisas que estão em sua frente, mas por si só você não vê... Só precisa de um empurrãozinho.


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Então, foi apenas uma jogada do destino, quando você começa a ter medo que alguém se vá, você se aproxima mais e só aí você percebe certas coisas que nunca percebeu.

cada relacionamento é de uma maneira ok? cada pessoa gosta ou não de um espaço só seu. você se adequá ou não a pessoa e por aí vai gente. E outra, há pessoas que acreditam em videntes e outras não.

coletânea de vegaspeteWhere stories live. Discover now