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Vilão

Puxei o rosto da Mariana de encontro com o meu e beijei ela na maior calma.

Pô na moral, tudo nela, cada detalhe me deixa maluco, papo reto. Eu sinto por ela um bagulho que eu nunca senti por ninguém. Me sinto bem ao lado dela, tranquilo, porque ela me trás uma paz fodida. Uma sensação daora de sempre querer ter ela por perto, de sempre estar com ela.

E eu me amarro nessa filha da puta, em todas as formas dela, com roupa ou sem roupa, sorrindo, ou quando ela tá boladona com algo. Até nos abraços que ela vive me dando do nada eu me amarro.

E eu tô ligado que nem sempre eu retribuo os carinhos dela, e eu nem sou acostumado com isso, nunca tive isso e na maioria das vezes eu não sei expressar o que eu sinto. Mas por ela tô tentando mudar isso tudo.

E é foda porque isso aí é estranho pra mim, e mais ainda porque tem momentos que bate na minha mente que eu não queria sentir isso por ela...

Porque por mais que agora me faça bem, eu tenho certeza que já já vai me fazer mal. Uma hora ou outra eu vou ficar sozinho de novo, e eu sei. Porque a minha vida não é tranquila assim e nem nunca vai ser!

Mariana: O que foi? - ela se apoiou em mim.

Olhei nos olhos dela e coloquei minha mão entre os seus cabelos.

Vilão: Valeu. - ela me encarou sem entender. - pelas parada que tu já fez por mim.

Mariana: E o que eu fiz pra você? Até onde eu sei não fiz nada demais.

Vilão: Sei lá, tu fez eu conhecer um lado meu que eu não sabia que existia. É só isso...

Mariana: Ai que gracinha... - sorriu se jogando em cima de mim - você é fofo quando quer, sabia? - me beijou rindo.

Vilão: Ah Mariana, se manca, filhona, eu hein. - bati na testa dela e ela riu.

Eu olhei pra boca enquanto ela sorria e segurei seu rosto dando um beijo nela.

Mariana se apoiou em mim por conta da posição que ela estava e eu segurei na nuca dela aprofundando mais o nosso beijo. Quando a gente se separou eu beijei o rosto dela e olhei em seus olhos, abrindo um sorriso já sabendo que eu tava fodido por ela.

Sentimento louco do caralho.

Mariana: Você é um cara incrível, Ítalo - sorriu - eu me sinto bem quando eu tô contigo. Você me faz bem - sussurrou.

Nós dois em silêncio, um olhando pros olhos do outro, uma sensação boa do caralho. Maior bagulho daora.

Vilão: Eu também me sinto assim quando eu tô contigo. - falei baixo vendo ela sorrir.

Mariana

Ítalo soltou a fumaça do cigarro e passou devagar a mão no meu cabelo fazendo carinho.
Virei meu rosto olhando para ele e depois do que ele havia me falado eu fiquei pensando se falava ou não com ele tudo o que eu sinto.

E eu não quero e nem vou exigir o mesmo sentimento dele, eu só quero ser sincera e que ele saiba...

Mariana: Eu tô gostando de você. - Falei de uma vez pra não ter enrolação.

Mariana: E não precisa falar nada de volta, ou algo assim, até porque talvez você nem sinta o mesmo que eu. Mas eu só quis te falar, eu gosto de ser sincera e deixar bem claro os meus sentimentos.

Eu olhei pra ele.

Vilão: Papo reto, Mariana, eu tô te curtindo, e eu acho que isso já ficou claro pra todo mundo. O que eu tô sentindo por você é uma parada que eu nunca senti pra ninguém, na moral mesmo. É a primeira vez que eu sinto isso, e pra mim é diferente pra caralho porque eu sempre disse que eu nunca ia sentir isso por mulher nenhuma.

Ele riu fraco e eu sorri.

Vilão: Eu nunca achei que eu ia falar isso... mas se você quiser a gente pode levar isso aqui pra frente, tá afim de tentar? - ele me olhou nos olhos.

Senti meu coração acelerar e involuntariamente eu sorri.

Mariana: É o que você quer mesmo? Não quero que você ache que eu tô te pressionando a fazer isso.

Vilão: Ah, qual é Mariana? Cê acha mesmo que eu ia querer entrar em um bagulho que eu não quero? - falou rindo fraco e eu revirei os olhos.

Vilão: Eu só te peço calma, você sabe como eu sou, e eu não tenho jeito nenhum pra esses bagulho. Mas contigo eu quero tentar.

Mariana: Então que você seja sincero comigo, sério mesmo. - Eu olhei pra ele. - se você não quiser mais, ver que não tá legal pra você, fala, seja sincero igual eu tô sendo contigo!

Vilão: Já é minha parceira. - ele concordou.

Mariana: Eu tô falando sério. - reafirmei.

Vilão: E eu também tô, pô.

Sorri fraco e ele segurou meu rosto me fazendo olhar pra ele, Ítalo me beijou e eu fiquei agarrada nele, pensando em tudo o que tínhamos falado agora.

Por um lado eu estava me sentindo mais leve por falar pra ele o que eu realmente sinto e feliz por ouvir tudo isso dele. Mas ainda sim, por mais que ele me falou tudo isso, eu ainda sim tenho um certo receio de como isso aqui entre a gente vai terminar...

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