Capítulo 12

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Derek~

Encaro a mulher dormindo, havia caído no sono depois de chorar em meus braços pelo que pareceram ser horas.

E quando parou, havia pegado no sono.

Ela está dormindo em cima de mim e estou há meia hora tentando achar um jeito de sair sem a acordar e ir pro sofá.

Então ela se mexe.

— Não.. -sussurra.

Está suando e percebo, está tendo um pesadelo.

— Por favor... Não.. me solta.

— Daysa. -chamo.

— Por favor, não!

— Daysa! -a sacudi.

Ela abriu os olhos e ergueu a cabeça ofegante. Olhando em volta, os olhos arregalados e o peito subindo e descendo apressadamente.

— Daysa. -chamo, mas ela não parecia me ouvir.

Ela toca o abdômen em busca de algo, como se procurasse algum ferimento.

Ela toca o pescoço e olha para as suas mãos, as garras estão para fora. Seus olhos estão brilhando.

— Droga. -ela murmura.

Eu toco o seu ombro ela me olha assustada.

— Ei... -digo baixo, a voz mansa.

— Desculpe eu...

— Não precisa se explicar. —nego— você tem pesadelos com o dia que foi mordida, não foi? Esse é um dos seus maiores traumas.

Ela assente devagar.

Eu seguro suas mãos e fico sentado diante dela.

— Respire fundo, imagine elas se retraindo para dentro. —digo— imagine que o descontrole é uma terra seca, e que o seu controle é a chuva que vai molhar essa terra.

Ela assente, fechando os olhos, inspirando devagar e soltando a respiração, as garras sumindo, até suas mãos humanas estarem normais outra vez.

Ela abre seus olhos e eles não estão mais brilhando, estão novamente naquele azul frio e cinzento, como um nevoeiro.

— Conseguiu. -digo baixo.

Ela solta o ar devagar e eu aperto suas mãos suavemente.

— Obrigada. -ela murmura.

— Sem problemas. -digo afastando uma mecha de seu cabelo.

Ela me olha por cima das sobrancelhas.

— Se quer que sejamos apenas companhia, aconselho a não me olhar assim. -ela sussurra.

— Digo o mesmo. —murmuro— difícil não olhar para você, quando me olha assim.

— Por que?

— Porque seus olhos parecem dois oceanos congelados, e quando olho para eles sinto que poderia mergulhar, que poderia me afogar neles. -sussurro.

— E depois disso, ainda tem coragem de me pedir para sermos apenas companhia? —ela suspira próxima a mim— o que acha que seus olhos são quando os olho?

— Não sei, me conte.

— Uma floresta, e sinto que poderia correr livremente nela. Eu consigo ver a Lua e... Um lobo uivando para ela.

Eu a olho nos olhos e ouço seu baixo suspiro.

— Que olhos brilhantes você tem.

Inclino a cabeça e esboço um sorriso fechado de lado, pequeno.

Antes Da Lua Cheia ~Derek Hale🐺🖤Onde as histórias ganham vida. Descobre agora