Capítulo 4

1.8K 195 16
                                    

Derek~

Pela Lua, ela estava sangrando muito.

Adentro a casa e ela levou a mão a minha boca antes que eu chamasse alguém, a encaro com dúvida e ela nega.

— Não chame ninguém, apenas.. me leve para a cozinha, tem um kit de primeiros socorros lá. -murmura.

Eu assenti ainda com confusão mas a levei imediatamente para lá, sendo guiado por ela pois não sabia onde ficava.

Eu a pus em cima do balcão e ela murmurou uma maldição baixa ao olhar para o pé.

— Tá, primeiro tenho que...

— Lavar o ferimento e tentar estancar o sangue se estiver muito grave. -a corto pegando soro ao abrir a geladeira.

Ela pisca surpresa e não diz uma palavra quando me aproximo, com cuidado lavo o seu pé com o soro, vendo o sangue respingar no chão.

Ouço ela soltar um suspiro de dor contida e ergo os olhos para a analisar.

— Onde está o kit? -pergunto.

Ela aponta para o armário e eu o abro pegando a caixa.

— Naquele lado que você pulou, é uma área onde a caça já foi estendida, há ursos por aqui, poucos, mas os caçadores não deixam as armadilhas apenas para eles, deixam também...

— Para nós. -digo.

Ela assente.

Observo o ferimento com cautela, foi fundo.

— Vai precisar de pontos infelizmente até sua cura voltar e você poder se regenerar. —digo— acha que aguenta?

Ela me encara e ergue a sobrancelha.

— Vai fundo.

— Não tem pomada anestésica. -digo olhando a caixa.

— Dê os pontos, eu aguento. -falou.

Corajosa, admito.

Eu pego a agulha e linha e começo, ela mordeu os lábios, uma lágrima escorrendo enquanto eu dava os pontos nos ferimentos.

Mas chegou em um mais severo.

Ela soltou um ofego e eu olho para ela de imediato, xingo quando vejo a mulher que está mais branca do que papel, os lábios estavam pálidos e ela parecia que iria desmaiar a qualquer momento.

— Merda, por que não me pediu para parar?! -questionou nervoso.

— E fazer você pensar que sou uma fraca? Sem chances. -murmura.

— Criatura teimosa, não foi você que há poucas horas me disse que não deveria ter raiva da vulnerabilidade?? -questiono.

— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. —ela ofega— estou falando de ser dura ao ponto de aguentar estas dores físicas e não sentimentais.

— Pela Lua, vai mesmo discutir comigo sobre isso? -questiona.

— Não, primeiro vou cuidar do seu pé e depois eu continuo a discutir com você. -digo.

— Depois que você cuidar do meu pé e eu da sua mão você pode discutir comigo, ranzinza.

Eu pisco para o apelido e a encaro.

— O que? Combina perfeitamente com você. -ela ofega.

Eu nego e dou os últimos pontos ouvindo um agradecimento dela a Deus.

— Seria perfeito uma pomada anestésica agora, você não sentiria tanta dor até a cura começar. -digo.

Ela suspira, percebo que está suando frio.

Antes Da Lua Cheia ~Derek Hale🐺🖤Where stories live. Discover now