𝐓hirty 𝐍ine

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Eu significava algo para ele, era isso mesmo?

— O que? — eu gostaria que ele repetisse aquilo novamente, para eu ter certeza que não ouvi errado.

— Isso mesmo que você ouviu, eu não vou repetir. — disse, voltando à sua pose de macho alfa que teme a nada.

E eu idiota, não conseguia falar nada.

— Eu... — eu procurava palavras para dizer, mas nada saia da minha boca.

— Não sabe o que falar? — sorriu ladino, sem tirar seus olhos dos meus.

— Não.

— Então me beija. — ele se aproximou repentinamente de mim, levando seu rosto ao meu pescoço, onde deu beijos molhados.

— S-sai, Jeon. — tentei resistir, empurrando o outro pelos ombros.

— Sair? Pensei que você ia se amolecer pelo menos um pouco depois de eu ter dito aquilo. — seu mau humor agora era notório.

— Não é bem assim. — e não era mesmo. Ele não me teria tão fácil depois de tudo o que fez.

— Quer saber, Jimin?! Já dei o meu recado, agora é você quem decide. — ele disse, retirando o disco do notebook. — Eu sei que você irá fazer a escolha certa, ou seja, irá voltar para mim. — em seguida foi para a sacada, onde deu seu jeito de descer. Joguei uma almofada na direção que ele havia ido.

As coisas só pioravam, era impressionante isso. Qual será o dia que eu terá paz?

Só queria ser um jovem normal de 19 anos, não ter um idiota querendo à todo o custo ter posse sobre mim. Eu estava cansado de ser um marionete. Mas imagina se Jungkook entrega uma cópia daquele disco ao meu pai?! Ele me expulsaria de casa.

Eu não queria mais brigas com meu pai, logo agora que eu estava aos poucos reconquistando ele. Eu não queria mais lhe causar sofrimentos, era um momento difícil para ele, pois ele gostava de Sunhee e descobriu que ela era uma vagabunda.

Todas as noites eu ouvia seu choro e isso me corroía por dentro. Ouvia ele chamar pelo nome de minha mãe e isso acabava ainda mais comigo, e então, éramos nós dois chorando.

Meu pai merecia uma mulher que lhe entendesse e lhe valorizasse, sem se importar apenas com o seu dinheiro, sem apenas querer usufruir dele. Ele merecia casar com uma rainha.

Mas voltando à mim, ao meu caso, eu estava sem saída. Eu teria que pisar no meu orgulho e voltar a ser um marionete.

Mas tem o fato que ele disse que eu significava algo...

Eu não sabia quanto era esse algo, talvez fosse pouca coisa, mas confesso que aquilo me abriu um pingo de esperança.

Eu voltaria para ele, mas não de boa vontade, e também, eu não iria ser nem um pouco bobo.

E aquele disco seria destruído, e então, eu estaria livre. Livre para seguir minha vida.

Tirei aquele roupão e coloquei as primeiras roupas folgadas que encontrei no guarda roupa – pois meu pijama estava sujo – e desci para a sala, sentando no sofá com esperança que meu pai chegasse cedo.

E foi esperando por longos minutos que ouvi o barulho da porta se abrindo. Ele havia chegado.

— Oi, pai! — sorri, vendo ele vim até mim, beijando minha testa.

— Tudo bem, querido? — ele perguntou, me confortando com um sorriso simpático.

— Melhor agora por ver o senhor chegar cedo. — seu sorriso se abriu mais ainda.

Possessive • JikookWhere stories live. Discover now