capítulo 4: poderes e maquinações

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Suas unhas se curvavam como garras afiadas, bem polidas e brilhantes, capazes de rasgar qualquer pescoço humano e faze-los gritar como uma corça abatida

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Suas unhas se curvavam como garras afiadas, bem polidas e brilhantes, capazes de rasgar qualquer pescoço humano e faze-los gritar como uma corça abatida.

Eficiente e maléfica, era isso que a Dama Negra a considerava. Apesar disso, também era uma força da natureza.

Ruby. — O som em sua boca era ardil, enquanto a soberana erguia os lábios em um sorriso presunçoso.

No topo da escada, uma mulher impecavelmente vestida a esperava, envolto por uma propriedade significativamente grande. Seus olhos era de um castanho avermelhado, e mesmo a uma distância considerável, a Dama Negra conseguia ver a chama ardente dentro deles.

— Quanto tempo, não a vejo desde a queda. — A soberana infernal continuou sorrindo, e ameaçou subir mais dois degraus. E, nada receptivo, dois homens surgiram ao lado da mulher no topo, como uma ameaça pouco sutil. O sorriso da Dama Negra aumentou um pouco mais, enquanto ela aprumava a postura sob o corpo ainda desnudo, envolto por uma aura corpórea reluzente, um escudo.

Chegar até ali não foi difícil, a soberana só precisou forçar os dois homens a falar sobre a elite de Carfanaum, que era dominada por um grupo de apostadores. A Dama Negra já sabia de quem se tratava, pois a carnificina deixada por uma demônia desperta chegou até o submundo anos antes, mais especificamente, chegou aos ouvido de Lauren. Aparentemente, uma das seguidoras de Lúcifer havia se rebelado contra ele, invadindo o território humano e massacrando mil soldados israelense em Carfanaum em 1500 d.C. Apesar do massacre ter sido contido e a história abafada como lendas do povo hebreu, a mandante do ato ainda regia sobre aquelas terras, liderando.

Ruby era um demônio de sangue, muito mais poderoso que qualquer outro de sua legião. Servira Lúcifer durante centenas de anos antes da queda da Dama Negra, fazia todo o trabalho sujo para ele. Convocava humanos para cultos sob a terra em seu nome, insinava aos homens rituais secretos que fazia a crença no Deus hebreu sucumbir aos poucos, enquanto religiões ocultistas e satanistas se espalhavam pelo mundo sob sua influência. Enquanto servia Lúcifer, e ele permitia que ela andasse sobre as terras humanas, Ruby orquestrou um plano para tomar a Terra, ou pelo menos parte dela. Quando agiu, nem mesmo a ira de Deus foi capaz de concertar os estragos, os 1000 homens que morreram tentando proteger as terras não chegou nem perto das milhares de famílias massacradas  durante o embate. Inocentes morreram, e somente Lúcifer conseguiu conte-lá, aprisionado‐a em Carfanaum e permitindo que seu banho de sangue permanecesse apenas naquela parte do mundo.

Sua carnificina não se encaixava nos planos de Lúcifer, que aguardava o juízo final para agir, enquanto se empenhava em seduzir jovens humanos para sua própria religião. No entanto, Ruby era um dos peões no jogo que a Dama Negra estava jogando e, bem diferente de Lúcifer, Lauren considerava agir em muito menos tempo do que o Apocalipse estimava para vir.

Lilith. — A demônia saboreou o nome em seus lábios como a Dama Negra fizera com o seu.

— Sugiro que me convide a entrar e lhe contarei tudo o que mudou desde que partiu, como o meu nome, por exemplo, cujo a essência não reconheço mais como a humana banida por um deus asqueroso. — Murmurou a soberana, sem abandonar nenhum pouco a áurea superior.

 O Coração da Serpente [CAMREN]Where stories live. Discover now