Capítulo 3: O Segredo

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Vamos voltar um pouco no tempo, antes dos tremores

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Vamos voltar um pouco no tempo, antes dos tremores. Frida saía de seu escritório junto de outros funcionários de sua própria empresa. O elevador enchia mais e mais a cada andar e mais e mais funcionários bajulavam-na.

— Belo terno, senhorita Frida.

— Olá, minha chefe preferida!

— Você parece ótima, chefe.

Isso durou até o primeiro piso, onde rapidamente se mandou para seu carro pronto para sair, seguida ainda pelas vozes dos "puxas-saco". Ao ver a expressão cansada e sem paciência de Frida, Sven brincou:

— Heh, muito trabalho, senhorita? — Pelo retrovisor, o Chauffeur viu sua chefe apertando a ponte do nariz com os dedos enquanto suspirava.

O riso fraco de Frida sinalizou seu cansaço. Mesmo nos dias ruins que tinha, seu motorista a fazia tirar algumas risadas e isso a alegrava um pouco. — Você nem imagina... Todo mundo fica me bajulando. 5 anos que sou dona e mesmo assim ainda não aprenderam que eu odeio ser bajulada. Anos e mais anos que tento ser a melhor para ter o reconhecimento de meus pais e nunca pude fazer o que eu queria... até que Hilda me fez amar aquilo que eu faço — Sven notou o sorriso dela ao falar da amiga, — mesmo assim, após fazer o que amo sem me importar com o que pensam sobre mim, ainda me bajulam e me tratam como alguém além de um ser humano. Isso cansa.

— Nem imagino, senhora — disse Sven. — Ah, mudando de assunto, estamos quase chegando na biblioteca.

— Ué? — exclamou Frida. — Mas eu nem lhe disse que iria para lá?

— Ah, não precisou. Eu tinha um palpite que quisesse ir à biblioteca quando a senhora saiu de casa franzindo a testa. Sempre vai para lá quando fica assim.

Suspeitando de seu motorista descobrir sobre sua segunda vida ou ser um espião infiltrado, Frida olhou seriamente para ele enquanto o mesmo olhava para a estrada inocentemente. Suas mãos brilharam logo mais estavam perto da construção e quando pararam, os vidros fumê do carro brilharam com uma luz azul capri. Já na calçada e com seu chauffeur desnorteado, sem lembranças do que havia falado, a mulher ajeitou seu terno e se pôs a entrar na grande biblioteca. Antes uma pequena construção antiga, agora uma gigantesca central do conhecimento e era propriedade de nada mais, nada menos que a própria Frida, que era recebida com suspiros surpresos pelos leitores.

— Boa tarde, senhorita Frida — cumprimentou a bibliotecária simpática. — Fim de semana atarefada, imagino.

— Haha, você nem imagina, senhora Ýrsa — Frida a cumprimentou com uma risada. — Não posso parar nem um minuto, então vou para minha sala descansar. Não quero ser incomodada — e se direcionou para o segundo andar da direita, no fundo das grandes estantes onde mal chegava luz e poeira flutuava como névoa. Sua sala não diferia muito em termos de poeira e luminosidade, mas de pouco importava, pois a mulher logo mais entrou e se direcionou para uma das estantes de livro do escritório para inspecioná-la antes de puxar um livro e uma das estantes abrir como uma porta.

Hilda e A Mãe de TodosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora