𝐓wenty 𝐄ight

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— Me larga. — mandei.

— Largar? Por quê? — ele tentou me beijar, mas virei meu rosto rapidamente para o lado. O empurrei fortemente, conseguindo me soltar das mãos nojentas do homem e andei perdidamente pela multidão. Perdi a conta de quantas vezes fui assediado no meio daquele tanto de gente, se aproveitavam da aglomeração para passar as mãos em minhas partes íntimas. Talvez aquilo fosse um lema.

Parei no balcão de bar que havia dentro da balada e me sentei em uma das cadeiras altas – a qual eu tive dificuldade de sentar pelo tamanho –. Pedi uma água e o cara riu da minha cara.

— Garrafas de água nunca saem, apenas para cobrir o álcool quando alguém está muito bêbado. Você é um gostoso ingênuo. — disse entre risadas.

— Eu pedi água e não sua opinião. — devolvi.

— Bravo assim? — ele disse mordendo os lábios e entregou-me uma garrafinha transparente com água.

— Achou que ia se livrar de mim? — ouvi uma voz sussurrar próximo ao meu ouvido e virei-me rapidamente em direção a mesma, tendo a visão daquele cara chato, novamente. — Não fica com medo, só quero te conhecer melhor. — ele disse passando uma de suas mãos em minha coxa, fazendo eu tapeá-lo.

— Me deixe em paz. — desci da cadeira e apressei os passos para longe do mesmo. Mas ele me alcançou e me impediu de continuar o caminho, segurou meus braços com sua mãos e me empurrou para a parede mais próxima que havia ali, impossibilitando-me de se mover.

— Quero você na minha cama. — em questão de segundos sua boca já estava colada na minha. Eu tentava me soltar, mas ele era mais forte que eu. Minha língua estava imóvel e mesmo assim ele insistia, as lágrimas de pânico começaram a rolar pelo meu rosto aflito. Ele parou de me beijar e aproximou sua boca novamente do meu ouvido. — Eu vou te fo- — senti o homem ser afastado de mim com força, e quando me dei por si, o cara estava jogado no chão com o nariz jorrando sangue.

— Que porra é essa aqui? — ouvi a voz furiosa de Jungkook. Olhei para o último citado e pude ver sua expressão fechada, parecia que a qualquer momento iria sair fumaça por seus ouvidos. Eu continuava imóvel, com medo do que ele pudesse fazer. Notei que Yoongi estava junto de Jeon.

— Não é o que você está pensando. — tentei me explicar.

— Cala a boca, Jimin. Não fala nada, se não você vai pro túmulo junto com esse vacilão. — seus mirantes não saíram do homem jogado ao chão.

— Você não pode matá-lo, cara. É o Michael, um Canadian. — Yoongi tentou defender o homem.

— Ele que tentou me agarrar, Jeon! Eu não fiz nada de mais. — me defendi e Jungkook finalmente olhou para mim. Sua expressão ainda era de raiva.

— Eu n-não... não sabia que e-ele era s-seu... — Michael dizia com certa dificuldade.

— Foda-se, quero você fora. — Jungkook foi curto e grosso. Pegou seu celular e acionou os seguranças, que logo chegaram. Dois caras enormes retiraram o tal de Michael dali. Logo seu olhar furioso parou em mim novamente, que continuava quieto e imóvel.

— E você... — ele apontou seu dedo indicador em minha direção e com a outra mão passou os dedos entre seus cabelos. — Sabia que ia dar merda te trazer aqui, que porra mesmo. Quem mandou você sumir? Por que saiu do meu lado? Ein, Jimin? Me responde! — ele gritava grosseiramente comigo. Algumas pessoas davam bola, outras nem tanto.

— Eu não sou obrigado a ver você olhando para aquelas vadias. — confessei.

— E por isso você resolve sumir e ainda me fazer expulsar um dos meus gangsters, porra? — Jeon dizia firmemente com os braços cruzados, como se eu fosse uma criança levando bronca dos pais – e pelo visto eu era –.

Possessive • JikookWhere stories live. Discover now