— Você não cumpriu seu trato. — falei.

— Cumpri sim e muito bem, desde quando eu quebro tratos? — ele disse firmemente. — No dia seguinte eu não me lembro de ter batido nele.

— Seu pau no cu! — gritei. — Você me enganou, Jeon.

— Eu não te enganei, anjo. Você que foi burro e acabou entendendo tudo errado. Nosso trato só valia para eu não acabar com Hyuk no dia seguinte e não para a vida toda. Ou você acha que Minhyuk ia mandar cinco homens bater em mim, mandar invadir meu cofre, roubar quinze milhões, entre outras merdas. E eu, Jeon Jungkook, ia ficar batendo palmas para o show dele porque você passou uma noite comigo? Se liga garoto, vadias é o que menos falta pra eu comer. — meus olhos se encheram de lágrimas por causa da enorme raiva que me consumia e sem pensar duas vezes, peguei um vaso médio de vidro que enfeitava a mesa de Jungkook e quando me dei conta, o vaso havia o atingido no braço e quebrado.

Jeon levou a mão esquerda ao seu braço direito que agora sangrava, logo ele me encarou incrédulo com os olhos em chamas de tanto ódio. Foi aí que eu percebi: eu nasci para fazer merda.

— Eu vou matar você! — Jeon tirou a arma da cintura e apontou aquele troço para mim, chegando mais perto e mirando bem no meio da minha testa. Engoli em seco. Todo o medo que eu não tinha sentido dele em todo esse tempo, agora estava ali. Eu tremia e me sentia frio, mas em nenhum momento deixei de olhar Jungkook nos olhos. Namjoon adoraria estar presente naquele momento.

— Ninguém nesse mundo tem direito de tocar em mim para causar algum tipo de estrago. — olhei para o seu braço sangrando.

— Na verdade, foi o vaso que tocou em você... — como eu tive coragem de falar aquilo?

— Você adora brincar né, Jimin? Até nas horas erradas. Desculpe dizer, mas ninguém faz meu sangue escorrer e sai vivo.

— Mas aqueles caras que Hyuk mandou bater em você...

— Estão mortos. — Jungkook gritou, em nenhum momento ele tirou a arma da minha testa. Eu odiava aquele seu jeito, eu o odiava. Comecei a entender mais ainda porque as pessoas o temiam.

— Pa-para com isso, J-Jeon. — eu estava me tremendo de nervoso.

— Você quer que eu pare, vadia? Repete, quero ver você implorando. — ele riu.

— Eu não sou vadia! — não suportava quando ele me chamava assim.

— Você realmente não tem mesmo medo de morrer, né? — ele disse.

— Pare de enrolar Jeon, me mate logo. — falei já cansado daquilo tudo.

— Seria muito fácil. — ele abaixou a arma. — Eu não gosto de coisas fáceis. — mentira, ele não tinha coragem de me matar. — Deveria ter deixado esse trabalho para Namjoon. — ele largou a arma em cima da mesa. Soltei um suspiro. Nossa, eu havia me esquecido de como era bom respirar. — Agora, pegue algo para fazer um curativo na merda que você fez, antes que eu mude de ideia. — Jungkook disse autoritário. Peguei minha blusa que estava no chão e a vesti novamente. O Levei no banheiro, passei uma água e fiz um breve curativo. O corte não havia sido tão grave assim, até porque, na hora que eu fui atirar o vaso, minha mão afrouxo, diminuindo o impulso.

— Você não tem medo que as autoridades descubram que você é líder da The Canadian? — aquilo saiu da minha boca automaticamente.

— Por que? Quer me entregar para a polícia? Eu te mataria.

— Mas você estaria na cadeia. — falei indiferente, sentando em seu sofá e colocando os pés para cima.

— Você não tem jeito mesmo, vai chegar um momento em que a única maneira vai ser estourar sua cabeça. — Jungkook disse irritado e eu ri, logo ele entrou no corredor e desapareceu.

Possessive • JikookWhere stories live. Discover now