Capítulo 13

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Margarida já havia posto a mesa para o café da manhã. Ela havia caprichado tanto, que Olívia ao descer as escadas, admirou-se com ela lotada de frutas, pães, café, leite e frios.

— Nossa, isso tudo por causa de André?

— Deixe de falar asneiras. — Respondeu Margarida, colocando em cima da mesa para finalizar, um pacote de biscoitos e um tablete de manteiga.

Nesse exato momento, batidas na porta soa pelo recinto e Olívia segue em direção para abri-la.

— Bom dia, Olívia.

André estava usando uma camiseta social branca e uma calça bege, com sapatos de couro. Consigo trazia uma mala.

— Bom dia, André!

Ambos sorriram ao se verem, e Olívia fez sinal para que ele adentrasse.

— Bom dia, dona Margarida.

— Bom dia, querido. Espero que esteja com fome.

— Sinta-se lisonjeado, André. A mesa que ela preparou, eu nunca vi em toda a minha vida.

Margarida apenas revira os olhos.

— Agora você não é mais a predileta. — André diz, num tanto irônico.

Olívia dá um tapinha em seu ombro e os três seguem para se sentarem à mesa.

— Realmente está tudo muito bonito, dona Margarida. Fico muito agradecido.

— Não precisa agradecer, meu filho. Você merece, depois de tanto tempo longe.

Olívia passa a faca para André, depois de ter cortado um pão pela metade.

E passaram a manhã em desjejum, na companhia um do outro, colocando o papo em dia.

Quando terminaram e estavam retirando a mesa do café da manhã, Margarida comentara:

— Padre Euclides vai estranhar a nossa falta no bazar hoje, Olívia.

— Eu também pensei sobre isso. Mas nunca faltamos. E hoje foi por um bom motivo. — Olívia termina a frase, olhando caridosamente para André, que lhe retribui o olhar.

— É verdade. Mas na missa iremos, com certeza.

Olívia não confirmara presença, mas Margarida entendera como um sim.

— A biblioteca é aberta hoje? — Pergunta André. — Queria devolver o livro que peguei.

— É sim, mas até uma da tarde.

— Você me faria companhia?

— É claro. Preciso devol... — Olívia caíra na real, reformulando o que iria dizer — ...pegar outro livro.

— Você não pegou a última vez que foi, querida?

— Não. Acabei me esbarrando com André e ficamos conversando. Acabei esquecendo.

Margarida, pegando os últimos utensílios de cima da mesa, segue para a cozinha para colocar tudo em ordem.

— Foi por pouco, hein?

— Verdade. Quase deixo escapar. Ela não tem o costume de perguntar quais os livros que pego. Bem, às vezes. Então é melhor me prevenir. Mas, realmente, preciso pegar outro livro. Já o terminei. Só que dessa vez vou pegar dois. Um para disfarce e o outro é o que vou ler de fato.

O Poder do Perdão - Inspirado Pelo Espírito AméliaWhere stories live. Discover now