Capítulo 7

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As pessoas estavam começando a chegar. Faltava dez minutos para as sete da noite e logo a reunião começaria. O lugar era um pouco grande, onde continha duas fileiras de seis cadeiras, que divididas, formavam um caminho no meio. À frente uma grande mesa estava forrada com uma toalha branca.

Em cima dessa grande mesa, havia vasos de flores e duas jarras de água.

As paredes continham quadros. Quadros que podiam ser reconhecidos com a imagem de Jesus Cristo, Virgem Maria, Allan Kardec, Bezerra de Menezes, Eurípedes de Barsanulfo, São Francisco de Assis e dois quadros que os trabalhadores da casa conheciam muito bem quem eram.

Um era Antônio Braga, o fundador da casa espírita. E ao lado era Luzia, sua mentora.

Enquanto as pessoas chegavam, dentre elas, os trabalhadores da casa também estavam começando a aparecer.

E um deles era Carlos e Eleonora.

— Carlos! Eleonora! Como estão? — Disse um homem negro que aparentava ter uns 50 anos de idade. Ele saía de uma sala no recinto que continha uma placa na porta que dizia: Sala de Passes.

— Bem e o senhor? — Carlos o cumprimenta num aperto de mãos.

Eleonora faz o mesmo.

Getúlio era o presidente da casa espírita. Depois que seu Antônio desencarnou, deixo-o tomando conta dos trabalhos, tanto sociais, quanto mediúnicos da casa.

— Estou bem, graças a Deus. Prontos para os trabalhos?

— Sim, claro. Estamos aqui para isso.

— Ótimo! Eleonora, infelizmente, Fátima não irá conseguir vir hoje, você poderia ficar encarregada da doutrinação dos nossos irmãos?

— Claro!

— Perfeito. E já preparou a palestra de hoje, creio eu, irmão Carlos?

— Sem dúvida.

— Perfeito. Vou arrumar a mesa para começar os atendimentos, ok? Qualquer coisa é só me chamarem. — Mas antes que pudesse seguir para uma outra porta, que tinha uma placa que dizia: Atendimento Fraterno, Getúlio lembrou-se. — Ah, quando a Elaine chegar, diga a ela que a sala de passes já está arrumada. Só vai precisar colocar a água nos copos descartáveis para a fluidificação.

— Pode deixar, irmão Getúlio.

— Obrigado.

E num sorriso simpático, Getúlio entra na sala de atendimento fraterno.

Eleonora segue para uma cômoda que havia no canto, perto da grande mesa. Abrindo a gaveta, ela tira uma caixa de madeira que continha papéis com números e em seguida vai até as pessoas que já se faziam presentes na assistência.

— Boa noite, sejam bem-vindos. Alguém irá passar no atendimento fraterno?

Poucas pessoas levantam a mão.

— Ok. Podem me falar a ordem de chegada?

E em ordem, Eleonora começa a distribuir os números. Iriam ser chamados por ordem para o atendimento com o seu Getúlio.

Não demorou muito para ele abrir a porta e chamar a atenção de Eleonora, dizendo que podia mandar a primeira pessoa para o atendimento.

— Está bem, irmão. Vou chamar.

A porta se fecha novamente e Eleonora fala:

— A pessoa com o número um pode ir.

Uma senhora se levanta e segue em direção a sala. Ela faz o gesto de entregar o número um para Eleonora, e a mesma diz que poderia entregar para o Getúlio.

O Poder do Perdão - Inspirado Pelo Espírito AméliaWhere stories live. Discover now