THE ANGEL VEST

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POV NARRADORA

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POV NARRADORA

Durante uma tentativa frustrada de criar uma nova arma química, cientistas franceses criaram e deixaram escapar um novo vírus. Um vírus transmitido no ar, que infectaria todos.

Estes seres infectados, ao morrerem, despertariam o vírus, que os faria voltar à vida, tecnicamente. O fato era que, nenhum desses "ressuscitados", estavam realmente vivos outra vez. Eles andavam, mas não falavam, não entendiam. Mas eles comiam. Tinham uma fome insaciável. Uma fome de coisas vivas.

Animais ou pessoas. Não importava, para eles era tudo igual, para eles era tudo comida.

Quem era mordido ou arranhado por algum deles, voltava como eles. Quem morria, voltava como eles. O único jeito de realmente fazer com que eles ficassem, de fato, mortos, era acertando o cérebro.

Uma cientista, Angelina V'Mour, antes de seu falecimento, descobriu que uma estranha combinação de fatores, podia fazer com que um indivíduo ficasse imune. Mas era algo tão irreal e imprudente, que ninguém se atreveria a pensar em algo assim. A ideia então, foi descartada. Como ela poderia adivinhar que estava tão certa? Como ela poderia imaginar, que uma estranha de outro continente, teria tanta sorte – ou azar, dependendo do ponto de vista – , de passar por todos os estágios, e se tornaria imune?

O vírus entrou no corpo da mulher, esperando seu gatilho ser apertado para então tomar sua verdadeira forma, e a transformar em mais uma morta viva andando. E então o gatilho foi acionado. Um tiro. O sangue deixou o corpo dela. A morte chegou. O vírus começou a se espalhar, porém, o dano causado no cérebro pelo tiro, retardou a dispersão da infecção. E os médicos não queriam perder mais nenhum paciente.

— No meu plantão ninguém morre! 10 miligramas de adrenalina. 250 jaules no desfibrilador. Agora! — ordenou a médica.

A adrenalina entrou, o coração tentou bombear, mas falhou. O desfribilador foi acionado, a carga elétrica dando o choque final, o coração funcionou. Sangue doado, entrando na corrente sanguínea e ajudando o fraco e pobre coração. Eletrocutado, o vírus recuou.

A mulher acordaria em breve, ainda como humana.

O vírus continuaria circulando por seu corpo, dando chance para suas células de imunização criarem uma defesa. E elas criaram. A engrenagem que faltava, era um pouco de sangue infectado – um sangue que não era da mulher – , despertando as células imunes que a deixaria, bem, totalmente imune.

De agora em diante, não importava se ela fosse mordida, arranhada, ou qualquer coisa do tipo, aquela mulher era imune, e ela sempre seria.

Por possuir o vírus circulando livremente pelo corpo, seu sangue também era contaminado para aqueles que não eram imunes como ela, mas isso a fazia conseguir passar despercebida pelos mortos, que pensavam que ela era como eles.

THE RETURN OF THE DEAD Where stories live. Discover now