Perdido.

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Harry bocejou mais uma vez, ele saia da sala de aula do professor Binns, o fantasma tinha o dom para fazer os alunos dormirem.

Rony até propôs pedir ao fantasma que fosse contar uma historinha para os pequenos na hora de dormir. O ruivo alegava que as crianças dormiriam em tempo recorde, e Harry ficou muito tentado a fazer isso, mas o olhar zangado de Hermione o fez sair de fininho.

Harry olhou para o céu, estava ficando escuro e choveria logo. Hoje era o dia de Hermione e Pansy cuidar dos pequenos enquanto os outros iam para as aulas da tarde.

O moreno sorriu se lembrando que a três dias atrás, Hermione o acordou com uma bronca sobre beber na frente das crianças e mais um monte de coisa que ele não conseguiu entender por ainda estar meio grogue.

Quando tudo foi esclarecido, Draco estava emburrado por ter sido acordado de forma rude, enquanto Harry só conseguia corar por ter sido pego pelos amigos abraçado ao Sonserino e Hermione se desculpando por ter brigado com o amigo por um mal entendido.

- caraminholas na cabeça, Potter? – Harry ouviu a pergunta debochada e se virou para ver o Malfoy sorrindo torto ao seu lado.

Harry revirou os olhos, nem havia percebido que estava a tanto tento parado no corredor, olhando para o céu pela janela.

- só estava pensando. – disse o moreno voltando a andar.

- me pergunto... no que poderia, o santo Potter pensar tanto? – disse de forma zombeteira. – e pra falar a verdade... Eu nem mesmo sabia que você tinha essa capacidade.

- vai a merda, Malfoy. – disse Harry dando uma cotovelada nas costelas do loiro ao seu lado, logo depois os dois riram amigavelmente. – está ficando frio. Será que as meninas colocaram blusas neles?

- elas cuidam deles melhor do que nós, Harry. – disse Draco, seus olhos não saiam do rosto do moreno.

Como não notei antes o quanto ele é bonito? Pensou por um instante, logo afastando estes pensamentos estranhos.

- é errado se eu disser que não quero que eles voltem ao normal? – perguntou um pouco cabisbaixo, ele vinha pensando muito nisso, e se sentia egoísta por querer ter seu padrinho fofo e um Tom capaz de mostrar carinho ao contrário do padrinho que precisava ficar escondido e do louco sanguinário que queria mata-lo.

- não, não é. – Draco falou compreensivo. – meu pai nunca foi o melhor pai do mundo, não foi o pior também, mas isso não ajuda. Ele era sempre tão sério, tão severo. Malfoy não choram, Malfoy não correm, Malfoy não se intopem de doces... bla bla bla. – Draco fez uma imitação debochada de como seu pai falava. - A questão é que, eu consigo receber mais carinho do meu pai agora que ele é um bebê, do que toda a minha vida. – Draco sorriu com a lembrança e contou ao Harry. – sabe, ontem quando estava fazendo a lição de runas antigas, ele se aproximou, os olhos dele brilhavam e ele sorriu pra mim, depois disse o quão incrível eu era por conseguir escrever tudo aquilo sem chorar. – Draco riu e seu sorriso ficou ainda maior. – ele me acha incrível.

- você é incrível. – Harry falou pensando em voz alta e corou quando os olhos acinzentados se prenderam em seu rosto. – q-q-quero dizer... Vo-você...

- eu sou incrível. – disse empinando o nariz. – e até o santo Potter reconhece.

- não fiquei se achando, boboca. – Harry disse virando o rosto para o outro lado enquanto Draco soltava uma risadinha.

- você tem que aprender a xingar, testa rachada. - Draco comentou.

- e você tem que aprender a ser mais humilde, doninha. - devolveu o moreno.

Os garotos seguiram seus caminhos até as próximas aulas, no meio do caminho a chuva começou a cair, dando ao castelo um ar mais sombrio e acolhedor ao mesmo tempo.

O Caos mais fofo do mundo. Where stories live. Discover now