Hora da soneca.

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Enquanto as crianças comiam, a adulta e os adolescentes do lado de fora estavam já a um tempo em silêncio. Harry havia terminado de lhe contar tudo o que aconteceu e desde então Minerva não conseguiu pronunciar uma palavra se quer.

- professora, precisamos fazer alguma coisa. – disse Hermione impaciente com todo o silêncio da professora.

- eu... Eu vou... – o professora pensava o que fazer. – vou chamar pessoas em que podemos confiar. Se o ministério ficar sabendo disso... Oh Merlin...

- e quanto ao meu pai e... Os outros? – Draco perguntou preocupado e não precisou falar mais para que todos entendesse o que ele queria dizer com “outros”

- não sabemos quando eles voltaram ao normal, pode ser muito perigoso mantê-los aqui. – disse a professora. – talvez seja melhor colocá-los sobre a vigilância de algum auror que esteja do nosso lado.

- isso vai deixá-los muito assustados. – disse Luna.

- tem um Mine lorde das trevas naquela sala que pode voltar a ser o grande lorde das trevas a qualquer momento... E você se preocupa com eles estarem assustados? – Rony falou em tom de indignação. – e quanto a mim? Eu estou assustado.

- ele é uma criança. – disse calmamente a loira.

Harry se sentida dividido, uma parte sua lhe dizia que esse era o momento perfeito para derrotar seu inimigo, mas outra parte lhe dizia que se ele fizesse isso não seria diferente de Voldemort que também tentou usar sua vulnerabilidade para mata-lo quando era um bebê.

- Harry, você está no mundo da lua de novo. – acusou Hermione.

Harry lançou um olhar questionador para o ruivo que apenas encolheu os ombros.

- como eu estava falando. – Hermione voltou a dizer encarando o moreno com uma expressão zangada. – não podemos deixar isso sair daqui, mesmo Voldemort, no momento ele é apenas uma criança e todos nós sabemos o que faram com ele se o pegarem.

- estamos discutindo mesmo sobre proteger aquele que não deve ser nomeado? – Neville perguntou, seu rosto ficando pálido. – e quanto a bellatrix?

- senhor Longbottom, entendemos que deve ser difícil para o senhor estar numa situação como está. – disse a professora um pouco mais calma. – mas, mesmo bellatrix Lestrange no momento é apenas uma garotinha. Eu lhe garanto que serei a primeira a lutar por justiça quando, e se, eles voltarem ao normal, porém no momento não posso permitir que nenhuma criança sobre as dependências de Hogwarts seja arrastada para Azkaban sem nem mesmo se lembrar de seus crimes.

- então, a quem podemos pedir ajuda? – Gina foi quem fez a pergunta.





Molly Weasley e Narcisa Malfoy chegaram quase na mesma hora. Minerva havia chamado as duas mulheres para ajudar.

Enquanto as três conversavam e a diretora explicava a situação, os adolescentes voltaram para a sala onde estavam as crianças.

Harry arregalou os olhos quando viu a bagunça que estava acontecendo. Remus corria atrás da bellatrix enquanto a menina ria e esbarrava em tudo, derrubando vasos de planta no chão. Lúcio chorava alto, seu rostinho vermelho banhado de lágrimas era de dar dó.

Potter olhou para cima quando uma sombra passou por sua cabeça e quase engasgou com o choque ao encontrar o bebê Alastor Moody pendurado no candelabro, rindo enquanto se balança.

Dumbledore escalava uma estante alta, Sirius estava logo a baixo apontando para onde o pequeno Dumbledore devia ir e o que pegar. Kingsley e Gui rabiscavam os papéis que estavam em cima da mesa do professor Snape.

Harry tinha certeza que o professor teria um aneurisma quando voltasse ao normal e visse os desenhos em cima das suas anotações de aula. E por falar em Snape, ele estava parado chupando o dedo ao lado da poltrona onde o bebê Tom estava sentado tomando uma mamadeira enquanto abraçava outras duas ainda cheias de forma possessiva.

Harry viu quando Bella passou correndo novamente e bateu na estante que sacudiu e fez o pequeno Dumbledore escorregar e por pouco não cair. A estante ainda balançava perigosamente em cima de Sirius e Harry saiu correndo para segurar o objeto.

Rony e Hermione saíram do estupor para ajudar. Rony acabou tropeçando e caindo de cara não chão, quando olhou para trás viu Rabasta e Rodolph com carinhas de culpado enquanto um de cada lado segurava uma corda, foi onde Rony tropeçou.

- Upis’ – disse Rabastan, então ele e o irmão colocaram as mãos na boca para esconder a risadinha que deram. 

- Desça já daí, e você não faça isso. – Hermione  tentava por ordem. – Tonks não puxe o cabelo dele, Bella pare de correr, Lúcio não chore. Ronald levanta desse chão agora e me ajuda. E vocês dois, larguem essa corda já.

Rabastan e Rodolph soltaram a corda e um biquinho de choro foi se formando até que os dois estavam chorando quase tão alto quanto Lúcio.

Harry segurava Alvo nos braços e viu quando criança por criança começou a chorar, até mesmo Snape estava chorando silenciosamente enquanto sugava o dedo com mais força.

Tom saltou da poltrona quando Hermione se virou para ele, o pequeno correu até as pernas de Harry e se escondeu atrás do moreno e até Sirius seguiu Tom e se escondeu na outra perna de Harry.

- hum, Hermione. Acho que você não tem muito tato com crianças. – disse Rony tentando fazer Rabastan e Rodolph pararem de chorar.

- eu só estava sendo firme com eles. – disse Hermione cruzando os braços.

- mamãe diz isso e depois bate neu’. – falou Sirius com olhos grandes em direção ao Harry. – eu nom’ quelo apanha, eu vô Che' bonzinho.  

- ela não vai bater em ninguém, não é Mione? – Harry perguntou e Hermione concordou com a cabeça. – viu, ela é um pouco brava mas é muito legal.

- Una, dexo' eu... – Harry ouviu Lúcio falar e voltar a chorar.

- ela não deixou não, a luna foi no dormitório dela e já tá voltando. Não chora. – disse Hermione tentando manter a voz mansa com o bebê loiro.

Levou quase meia hora pra eles acalmarem todas as crianças. Luna voltou trazendo ursinhos de pelúcia e mantas fofas para as crianças. Lúcio se agarrou a um bichinho de pelúcia e a Luna, em menos de dez minutos o loirinho já dormia no colo da corvina. Aos poucos as outras crianças foram dormindo até que só sobrou uma acordada.

- Tom, hora de dormir. – disse Harry para o pequeno lorde que lutava para ficar acordado.

- nom quelo. – disse bravo, ele havia recuperado as mamadeiras e as segurava nos braços como se a qualquer momento alguém fosse tomar dele.

- ninguém vai pegar as suas mamadeiras, pode dormir Tom. – disse Harry.

- nom, voxe vai manda eu di’ volta plo ofanago’ – acusou. – nom vou domi, vou fica ati’ pla sempe’ com voxe.

Harry quis rir com tanta fofura, e lá no fundo, ele desejou que Voldemort nunca pudesse voltar ao normal, porque essa versão fofa do lorde das trevas era encantadora. E Harry não queria ver esse pequeno ser se tornar um louco homicida.




Olá abelhinhas.

Como vão? Espero que bem.

Mais um capítulo cheio de fofura.

Espero que tenham gostado.

Até a próxima abelhinhas 🐝🐝🐝

O Caos mais fofo do mundo. Where stories live. Discover now