Um casamento por contrato entre um futuro Duque e a filha de um Barão deverá acontecer. Porém, nada sai como o esperado.
Aurora Rose deveria se casar com Louis Thompson, o futuro Duque de Alexandria. Porém, graças à nova Baronesa das flores, Louis...
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🌹 Aurora 🌹
Heloísa e Aurora chegaram em casa por volta das onze da noite. Após toda aquela confusão com Lady Rose, ainda se prestaram a esclarecer algumas coisas a mais para Lady Meddinton, que realmente expulsou a baronesa de sua casa mesmo que estivesse bem tarde e muito frio.
Quando Aurora se sentou em sua cama fora abordada por Irene, que apareceu como um janto impressionada com a sua figura maltrapilha. Suas roupas estavam esfarrapadas, o cabelo desgrenhado e a pele dos braços cheio de arranhões.
A menina suspirou de tristeza ao notar que sua tentativa de ajudar Mary foi em vão. Mal conseguia dar alguma atenção às demais ao seu redor, apenas lamentava que nada daquilo levou a lugar algum. Queria um antidoto, principalmente, mesmo que ela e a madrasta trocassem farpas por horas a fio naquela madrugada. Imaginou que a mulher amasse sua filha, que estivesse arrependida e cheia de remorso por ter feito mal a ela, mas não. O que viu foi uma cena de horror, contudo: uma mãe que desejava a morte de sua herdeira muito mais do que a felicidade de vê-la bem, feliz e apaixonada por um homem de cor.
Aurora sentiu Irene limpar seus machucados, mas não ardia como costumava. Seu coração estava despedaçado e muito mais dolorido, mesmo que ela tivesse descontado toda a sua ira na madrasta. Desejava, todavia, que fosse o suficiente para Lady Rose entender que não seria mais bem-vinda em seu lar, e podia ter absoluta certeza que os demais saberiam das suas maldades. Não era mais necessário esconder.
Sabia que Sebastian apoiaria a sua decisão de não deixar que Lady Rose se aproximasse mais. Estava certa de que, naquela casa, aquela mulher não colocaria mais os pés.
— Por deus, Aurora, não pode entrar em lutas corporais com aquela cobra peçonhenta — alertou Irene um pouco assustada.
— Dessa vez Aurora levou a melhor, Irene, não se preocupe — advertiu Heloísa com um sorriso no rosto. — O rosto da baronesa pareceu estar em chamas quando saiu de lá, completamente inchado a ponto de parecer picado por um enxame de abelhas.
— Não sabe como fico aliviada em saber que a dona desta casa é a senhora, milady — respondeu a serviçal encarando a loira com humor ao nota-la admirada pela amiga. — Lady Rose nos torturava dia após dia, a todos nós, mesmo que não estivéssemos fazendo absolutamente nada de errado.
— Não a chame mais assim — pediu Aurora. — Lady Rose, a partir de hoje, é apenas o título de Heloísa. Ninguém mais. Não precisam mais chama-la de Lady Sebastian Rose, é apenas Lady Rose ou baronesa Rose.
— Mas, querendo ou não, Patrícia continua a ser a baronesa viúva — lembrou Heloísa. — Não há como deslegitimarmos aquela mulher, infelizmente.
— Porta afora talvez não, mas aqui dentro e em todas as propriedades de Sebastian, você é a legítima. Ninguém mais deverá obedecer a aquela bruxa, ouvi-la, ou até mesmo tratá-la com alguma simpatia.
