Hoseok tentava sempre respeitar os limites do outro, pois temia que afastasse-o novamente.

Jimin sequer havia percebido o quanto estava mais relaxado perto do mais velho, o quanto sorria e brincava mais.

— Não é como se eu fosse abrir a porta e fosse te encontrar fazendo indecências na cama. — Brincou, mas o silêncio alheio o fez gargalhar enquanto se jogava na cama. — Park Jimin, quem te viu, quem te vê.

— Hoseok, para de ficar usando expressões estrangeiras e sai da cama. Você está bagunçando tudo! — Bateu com o pé no braço alheio, mas sem usar força para não machucar.

— São divertidas, não vou parar. E deixe de frescura, sua cama já está um caos. Aliás, deveria arrumar. — Ergueu o tronco, fingindo limpar lágrimas dos olhos. — Mas sério, se você for fazer alguma coisa aqui dentro, tranque a porta até mesmo para evitar que omma veja.

— Omma sabe que eu tinha uma vida sexual ativa antes, não tem porquê ficar implicando agora. — Cruzou as pernas, voltando a pegar a revista disposto a ignorar seu irmão.

— Exatamente, Jimi. Antes. Depois de tudo o que aconteceu você sabe como ela está três vezes mais protetora. — Ouviu o bufar alheio, mas este nada disse. Resolvendo tirar a tensão que si próprio colocou, abriu um sorriso implicante. — Mas então quer dizer que você está pensando em voltar a ter relações sexuais, hum?

— Hyung, não começa. — Alertou, não deixando de olhar as folhas estampadas com modelos de roupas diferentes a sua frente.

— E o Jungkook é o alvo? Que interessante... — Sentiu o travesseiro acertar seu rosto, fazendo-o rir alto.

— Como você é chato!

— Estou certo, não estou?! — Jimin foi para cima do mais velho, desejando arrancar a boca do outro fora.

A cena era composta por dois adultos que se empurravam para todos os lados, como se fossem novamente os dois adolescentes implicantes que costumavam ser. Jimin tentava alcançar a boca alheia, enquanto Hoseok fugia das mãos gordinhas do irmão.

A mulher parada na porta, sorriu ao ver os dois únicos filhos brincando como antes. Se sentiu nostálgica, e as lágrimas em seus olhos foi inevitável.

Havia medo.

Por trás de toda a proteção sufocante e das proibições exageradas, existia apenas uma mulher pequena e com medo.

Medo do fim.

Não sabia como tudo acabaria e nem quando acabaria, mas o medo a atormentava todos os dias.

Quando fechava os olhos durante a noite, torcia para que no dia seguinte pudesse ver o belo rosto sorridente do filho mais novo mais uma vez.

Apenas mais uma vez, era tudo o que pedia.

Mas chegaria um dia que o pedido não seria mais realizado, e era disso que tinha medo.

No dia seguinte, longe da casa silenciosa dos Park, os dois corpos sobre a cama descansavam abraçados.

O rosto do mais velho estava afundado na nuca alheia, sentindo o cheiro gostoso do shampoo, enquanto este ressonava baixinho abraçado a um travesseiro macio.

O cansaço da noite maravilhosa que tiveram os fez dormir por longas horas seguidas, onde nem mesmo as batidas incessantes de um irmão mais velho furioso os acordaram.

Era quase uma da tarde quando Hoseok despertou, buscando pelo celular sobre a mesa de cabeceira. Os olhos meio fechados olharam a hora, suspirando.

— Tae... — Chamou, quase manhoso, voltando a abraçar o corpo maior. O resmungo alheio veio em seguida, fazendo-o sorrir. — Temos que levantar, acorda. — Beijou o ombro nu, afim de despertá-lo.

Your Star | Jjk + PjmWhere stories live. Discover now