Desde que eles se conheceram, o loiro sabia que era ele. Era ele quem iria curar suas feridas, curar seus traumas, ser sua paz em meio a tempestade. E se, derrepente, ele se tornasse seu melhor amigo, e você se visse preso a isso?
"Você sabe que eu...
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Eu quero gritar de felicidade, porra, eu finalmente beijei ele, finalmente beijei o meu moreno, dá pra acreditar?
Ele me correspondeu, ele não teria correspondido se não gostasse de mim, então eu estou fazendo um bom trabalho, isso já é um grande avanço. Em breve, a única boca que vai lhe interessar será a minha, em breve Noah vai perceber que ficarmos separados é como dar um tiro no próprio pé.
Agora, por outro lado, como eu posso conquista-lo?
Ele não é uma simples garoto, ele é especial. Ele merecemuito mais que esse lance clichê de flores, chocolate, serenata e blá, blá, blá... Eu quero algo que fique marcado, algo que Noah vá se lembrar quando estiver velhinho ao meu lado.
E ainda sim, o moreno gosta de ter momentos especiais em coisas simples, sem nada exagerado. Se eu fizer coisas gigantes, como fogos de artifício, declarações públicas e etc, ele só vai achar que eu o quero como um troféu.
Eu vou lutar, com unhas e dentes, vou lutar até o fim para ter o coração do meu garoto, nem que ele me diga "Sim" no meu último suspiro, eu vou ter seu coração.
Custe o que custar, doa a quem doer.
- NEW YORK -
07:30
Tranco a porta de casa, encarando a janela do quarto do meu menino, já imaginando ele chorando por não acertar um penteado em seu cabelo sedoso.
Vou até a garagem e tiro meu carro, pronto pra dar partida, mas meu coração fala mais alto. Não me contenho em ir até lá, não custa tentar, não é?
Bato umas três vezes na porta, esperando ser recebido por aquele sorriso que eu amo, mas quem me atende é Wendy, mãe de Noah e minha futura sogra.
- Bom dia, meu filho! Precisa de algo? - Me cumprimenta alegre, beijando minha bochecha.
- Oi, tia Wendy. Noah já está pronto? - Indaguei como quem não quer nada.
- Noah já saiu faz tempo, meu filho, pensei que tivesse ido com você? - Ela mantinha a sombrancelha arqueada.
- An? Tá... tá bom, obrigado, tchau! - Corri até o carro, entrando com extrema velocidade. Noah, Noah eu te conheço garoto, se você foi atrás daquele mimadinho...
Quase quebrei a porta do carro ao fecha-la, imediatamente procurando o moreno com os olhos em meio a multidão. Andei rapidamente entre os adolescentes, que me olhavam e cochicavam. Não entendi nem um pouco o motivo, mas também não me importa.
Suspirei irritado ao não achar meu pequeno em nenhum banco, geralmente, quando ele não vinha comigo, me esperava sentado ou escorado nos corrimões, algo que não era o caso no momento.
Pensei rápido, logo me lembrando que não procurei nos fundos, onde ele gosta de ler, por ter um pouco mais de paz.
Fui a passos rápidos até o local, devo ter feito um ritual sem perceber do tanto que rezei pra esse mlk gostoso do caralho estar lá.
