Desde que eles se conheceram, o loiro sabia que era ele. Era ele quem iria curar suas feridas, curar seus traumas, ser sua paz em meio a tempestade. E se, derrepente, ele se tornasse seu melhor amigo, e você se visse preso a isso?
"Você sabe que eu...
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Suspiro irritado, puxando meus cabelos levemente. Acabei de saber que não poderei ir pra casa hoje, chegou um carregamento fornecido pela gangue aliada, então não poderei ver meu pequeno.
A esse horário, a mão delicada dele já faz falta na minha cabeça, provavelmente agora estaríamos abraçados comendo besteira e assistindo algum filme idiota do Adam Sandler.
Disco seu número no celular, logo o contato "Meu moreninho" aparece na tela. Enrolo um pouco, mas clico, ligando para ele, que não demora muito a atender.
"Oi neném! Aconteceu algo?"
A voz suave e delicada dele me faz arrepiar por inteiro, amolecendo o corpo e sorrindo como um tonto.
- Oi, MyGreen... Minha tia não está se sentindo muito bem, ela pediu pra eu dormir aqui hoje... - Disse me sentindo a pior pessoa do mundo por mentir para o meu garoto.
"Ah...- Um breve silêncio se estabeleceu, fazendo meu coração "Esfarelar igual paçoca", como Noah dizia. - Tudo bem então loirinho." - resmungou.
Conhecia ele como a palma da minha mão, ele estava triste. Merda, odeio esse inferno de "Trabalho".
- Desculpa minha vida, prometo que amanhã a gente vê quantos filmes você quiser, Ok? - Falei sutilmente, mas sabendo que Noah é até mais maduro que eu pra aceitar um simples adiamento de planos.
- Tá bom, bae. Até amanhã então! - Se despediu rapidamente, nem me dando a chance de retribuir o ato.
Resmunguei irritado, é completamente diferente uma despedida de merda dessas do que seus abraços quentinhos, sentindo seu cheirinho de colônia de bebê com morango.
Está tudo certo.
Não tem como dar errado!
- NEW YORK -
00:40
Deu tudo errado.
Era uma emboscada dos nossos rivais, o homem cujo veio nos avisar do carregamento era conhecido por nós por trabalhar para nossos aliados, mas era um espião.
- ACELERA ESSA PORRA, ALEX! - Gritei para o moreno, que estava todo suado.
- SE EU ACELERAR MAIS MEU PÉ VAI ATRAVESSAR O ASSOALHO E A GENTE VAI ANDAR IGUAL O CARRO DOS FLINSTONS! - Berrou, olhando pelo retrovisor.
Estávamos sendo seguidos pelos caras rivais, que vinham em alta velocidade. Não podíamos atirar, esses filhas da puta pensaram em tudo, o único caminho de fuga e pela cidade, se atirarmos aquí podemos chamar mais atenção doque correndo como loucos.
- Oh pai nosso que estás no céu, dá uma força aí cara, nunca fiz mal a ninguém! - Alex sussurrou trocando a marcha, me fazendo revirar os olhos.
Sina começou a rir derrepente, me fazendo olhar pra trás. Assim que a encarei, ela começou a realmente gargalhar.
