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𝐕𝐈𝐍𝐈𝐂𝐈𝐔𝐒 𝐉𝐔𝐍𝐈𝐎𝐑

Saber que seu namorado estava triste e você não poderia fazer nada, te deixava machucada. Aquela dor que te arrebentava por inteira, que não te fazia sorrir nem que ouvisse uma piada fabulosa. Você não tinha forças para nada, só queria vê-lo rindo, por mais que não fosse olhar isso por muitos dias.

Você entende a dor dele. O mesmo perdeu seu maior sonho, no qual era trazer o título para seu país, mas infelizmente não foi seu dia ou nem sua temporada. Vinicius tinha a cabeça baixa, com ela apoiada em suas mãos. Seus olhos escuros estavam sem o brilho de antes e aquele sorriso lindo não mostrava os dentes esbranquiçados. Ele estava machucado demais para tentar ser feliz.

Já você, estava sentada ao seu lado, só que em outra poltrona. Decidiu deixar Vinicius sozinho por um tempo, porque foi isso que ele pediu. No campo, você o abraçou, chorou, agradeceu, o honrou por muitas horas, só que depois ele se distanciou, pedindo silêncio e isolamento, e você o respeitou.

Seus olhos não saíam dele. O moreno era seu foco naquele momento, porque se acontecesse algo com ele, você jamais iria se auto desculpar. O copiloto se despediu, voltando para sua cabine, deixando vocês dois sozinhos, ou melhor, acompanhados pelo silêncio e solidão.

Você tentou dormir, mas era impossível, não conseguia relaxar sabendo que seu amor estava mal. Você sentia a tristeza te consumir, mas sabia que o sentimento de culpa era maior para ele. Sua maior dor foi assim que correu para o meio do campo, abraçando seu verdadeiro amor. As mãos de Vinicius segurando sua cintura enquanto você sentia seu ombro ficar úmido, de tantas lágrimas que saíram dos olhos dele.

── Não gosto de te ver assim…── Você disse sua primeira palavra naquele vôo. Os olhos deitados se viraram para você, assim como os lábios que se entortaram em um sorriso forçado e fechado. ── Não sorri forçado, eu sei que está doendo.

Vinicius assentiu, ainda em silêncio. Você se levantou, sentando em seu colo e o abraçando. O toque do corpo gelado se misturou com o calor do seu. O sentimento de amor fez morada em seu coração ao sentir as mãos do moreno abraçarem sua cintura, sussurrando milhões de desculpas por ter ficado em silêncio na maior parte da viagem. O pequeno avião, só para vocês dois e os pilotos, antes era cheio de risos, hoje só tinha tristeza.

── Está tudo bem. Eu sei que dói!── Você colocou um sorriso no rosto, passando conforto para o homem mais lindo do mundo em sua frente. Vinicius sorriu pela primeira vez, colocando a testa na sua. 

Você estava deixando ele feliz com suas poucas palavras mas cheias de sentimentos bons e alegres. Já tinha ido, por mais que fosse doer até os próximos quatro anos. Você não iria diminuir a dor dele, mas queria vê-lo calmo, sem se sentir culpado por tudo o que causou. Vinicius era fundamental naquele time, mas talvez não fosse o dia dele, ele com certeza iria ter mais oportunidades.

Você o beijou, da forma mais calma possível. Seus lábios ficaram sob os dele com um pouco de receio. Vinicius colocou a ponta de todos os dedos em sua cintura coberta pelo vestido. Ele se sentiu alegre ao ver que não tinha te decepcionado, ficando feliz ao ver que você ainda estava ali por ele. Ainda doía, mas nem tanto, porque sabia que todos os dias você estaria ali por ele, lutando para vê-lo mostrar seus dentes com felicidade.

Vinicius afastou o restante de tristeza que o consumia, te erguendo um pouco no colo e saboreando seu beijo com gosto de café bem adoçado, era isso o que você tinha consumido por suas últimas horas para ficar acordada e lutar por ele. Sua mão esquentou a nuca do moreno, que se sentiu ainda mais acolhido com seu toque.

── Vinicius!── Você riu, acariciando os ombros ao perceber os lábios tocando seu pescoço, enquanto as mãos desceram para suas coxas.

── Só estou aliviando meu estresse.── Contou, olhando antes em seus olhos, que agora já tinham um brilho.

Você foi obrigada a gargalhar, principalmente quando os lábios ardentes foram para seu peitoral, beijando toda aquela área quente. Seu corpo já ficou com calafrios, vendo as mãos agitadas entrarem na fenda do seu vestido, sentindo o pano da calcinha. Ele rapidamente te levantou, descendo a peça íntima por suas coxas. Antes de você voltar ao colo dele, Vinicius abriu o zíper da calça social, puxando seu membro para fora. A mão dele apertou sua cintura, voltando a te puxar para o colo dele.

Quando você se sentou, o corpo arrepiou, os olhos se reviraram, e os dentes cravaram em seus próprios lábios. Vinicius gemeu, olhando para baixo e afastando seu vestido, dobrando a fenda para trás. Ele novamente abraçou sua cintura, enquanto seus lábios voltaram a ficar juntos.

Seu coração se aqueceu ao ver que a tristeza estava se despedindo e outro sentimento quente dar entrada em sua vida, principalmente em seu ventre. Vinicius tinha os olhos brilhando enquanto olhava sua cara de prazer, sentindo o homem mais sortudo do mundo com aquela perfeita escultura em cima dele, o fazendo ir ao céu e voltar.

Sua mão agarrou a almofada da poltrona da aeronave, gemendo baixo para que ninguém lá na frente ouvisse. Estavam atingindo o limite, não só de transar em um lugar inusitado, mas com quase os dois gozando juntos depois de serem consumidos pela dor.

Vinicius puxou seu pescoço para conseguir te beijar, mexendo seu próprio quadril para conseguir ir mais fundo. Você tampou sua boca, para não gritar que estava fazendo sexo com seu homem. Vinicius gemeu junto a ti, deixando com que todo seu líquido te invadisse e suas paredes deixassem seu pau melado.

Vocês pararam, se abraçando e ficando em silêncio, talvez pudessem até dormir naquela posição, mas o que importa era que ambos estavam satisfeitos e agora felizes.