Destiel - Alternando 2

Destiel - Nova era

Dean

Ver Manom morrer na minha frente de fato foi uma sensação prazerosa, por tudo que ele nos causou. Causou no mundo quase o destruindo. Até hoje estão tentando entender o que teria causado aquele terremoto repentino, acredito que nunca irão descobrir e no fim esse acontecimento será esquecido. Mas eu não iria esquecer, nunca. Nunca vou me esquecer a sensação e a dor que foi ver Castiel se jogar, se sacrificar, por tudo. Definitivamente foi uma das dores mais sentidas que já me ocorreu. E só de me lembrar disso, me causa um calafrio.

Se passou um mês desde aquilo, as coisas que saiu do portão do inferno, ainda são uma incógnita. E não sabemos se um deles será um problema para nós, mas eu espero do fundo do meu coração que não. Estamos em paz, apesar de... Bom, Castiel está um pouco diferente desde que voltou como um arcanjo. Não é uma mudança de tamanha percepção, mas o suficiente para me deixar um pouco preocupado e entristecido. Ele estava mais frio, distante e aéreo. Além de suas saídas frequentes para algum lugar que não fiz questão de perguntar.

Essa era uma das saídas, então preferi sair também, sozinho. Sam ficou no bunker com Gabriel. Já havíamos voltado pro Bunker, já que Castiel não corria mais perigo e agora o céu o via como um arcanjo protetor da terra. Eu bebo um pouco mais da minha bebida sentado no bar, enquanto a música tocava alto. Meus olhos estavam presos na bancada, enquanto eu balançava lentamente a garrafa de cerveja em movimentos circulares.

Havia mulheres lindas e sexys a minha volta, mas não me interessava. Não era Castiel. Jamais pensei um dia que iria perder o interesse por mulheres e recusaria elas, por uma pessoa em específica.

— Oi, você. – Uma voz feminina falava se sentando ao meu lado, pedindo uma bebida.

— Foi mal, mas eu não tô disponível. – Digo dando o fora na quarta mulher essa noite.

— Dean, eu não vim aqui para tomar o segundo fora. Relaxa, vim apenas fazer companhia. Pra quem está numa festa, está muito pra baixo. – A garota comentava, e eu me tocava de quem era essa voz.

Ergo a cabeça, levando meu olhar até Joana. A garçonete caçadora no qual namorei na realidade alternativa. Mas nessa, ela era meio estranha. Afinal, sabia quem eu era. Estreito meus olhos a encarando com seriedade.

— Qual é a sua hein? E da onde você me conhece? – Eu questiono.

Ela dá um gole na sua bebida, respirando fundo em seguida. Claramente pensando em alguma resposta.

— Isso importa? Não sou ninguém. Só sou uma garçonete. – Ela dizia dando um fraco sorriso.

— Não, não é. A gente sabe que não é. Fala logo quem é você, droga. – Eu falo segurando seu pulso com brutalidade, sobre a bancada.

— Vim te fazer companhia e você me trata desse jeito? – Ela pergunta estreitando os olhos.

Ela aproximava seu rosto do meu, estabelecendo uma tensão entre nós. Seus olhos deslizavam até meus lábios, mas eu mantinha meu olhar ao seu. Só queria saber quem é ela e porque ela parecia estar de algum jeito, nos vigiando. Quem olhasse de longe, pensaria até que estamos flertando, mas muito pelo contrário.

— Dean. – Diz Castiel, parado um pouco distante.

Eu me afasto bruscamente soltando a garota, essa era a primeira vez em um mês que vejo Castiel esboçar uma emoção no seu rosto. Afinal, ele sempre parecia entediado ao meu lado. Não era essa bem a emoção que eu queria que ele sentisse, justamente ciúmes quando não havia motivos. A garota com habilidade conseguia sumir entre as pessoas.

— Droga. – Resmungo ao ver que perdi ela de vista.

Castiel olhava ao redor, com uma feição confusa. Provavelmente se questionando o que eu faria aqui. Ele caminha até mim, e se senta na cadeira em que Joana estava. Mantém seu olhar levemente irritado.