37| Entre términos e beijos

Începe de la început
                                    

Percebi ele se aproximando, mas ignorei. Não queria olha-lo, temia que visse apenas um monstro depois de tudo o que havia presenciado.

― Olhe pra mim. ― Pediu, depois de ter se colocado em minha frente, mas não tive coragem.

― Olhe pra mim, Scott! ― Ordenou impaciente e me vi sem escolha.

Lentamente elevei meu olhar até o seu, encontrando o caos dentro de suas órbitas negras.

― O que vê? ― Questionou, alguns tons mais baixos.

Raiva, decepção, insegurança e medo, pensei. Mas não foi o que eu respondi.

― Nada. ― Voltei a desviar o olhar para um ponto qualquer do quarto.

― Se tivesse olhado pra mim antes de entrar no carro daquele imbecil, teria visto a verdade estampada em meus olhos. Mas escolheu fugir, e agora, quando olho pra você me sinto um monstro. Porquê é assim que me vê, agora. ― eu não o via como um monstro, mas sua presença estava me incomodando mais do que nunca. ― Mas eu não me arrependo do que fiz, Anna Lis. Eu faria tudo de novo, milhares de vezes...

Meus olhos, rapidamente, encontraram os seus conforme a raiva se aflorava em meu íntimo. Me levantei de onde estava sentada para que pudesse enfrentá-lo face a face. E mesmo que ainda estivesse o olhando de baixo pela diferença de altura, não hesitei em confronta-lo.

― Porquê se arrependeria, não é mesmo, Stone? Você só ia matando um cara. ― Cuspi em tom de deboche, enquanto tinha o dedo indicador sobre o seu peito rígido.

Seu olhar estava inexpressivo enquanto me olhava de cima; minhas palavras não o afetaram. No entanto, quando a próxima frase deixou meus lábios, seu olhar umedeceu e vi quando engoliu a seco.

― Não sei se quero ter que passar o resto da minha vida presa a alguém assim... e não vou! ― talvez eu estivesse sendo radical, porém, nada mais importava.

Se aquele era o verdadeiro Dean Stone, eu não o queria por perto.

― Isso é sério? ― Perguntou incrédulo.

― O que você fez foi errado... não posso compactuar com isso. ― Murmurei sem olhá-lo. ― Você conseguiu, Dean... acabou com todas as nossas chances.

Às lágrimas desciam lentamente pelo meu rosto.

― Tem noção do que está me dizendo, Scott? ― Questionou com a voz rouca.

Quando não obteve sua resposta, Dean aumentou a distância entre nós, completamente atordoado. Levou as mãos à cabeça sem saber o que fazer.

― Você não pode estar falando sério... ― Disse, voltando a me encarar. Seus olhos vermelhos e tão perdidos era de dar dó.

Mas por mais que eu quisesse muito acalentá-lo, não era o que eu deveria fazer.

― Droga! ― xingou alto, me fazendo estremecer no mesmo lugar. E então ele saiu do quarto, e instantes seguintes ouvi a porta da frente bater.

Enquanto Dean estava fora, usei o tempo para organizar os pensamentos na minha cabeça. Tomei um banho longo e vesti uma camisa branca encontrada em uma das gavetas do banheiro. A camisa e o calção provavelmente eram as únicas coisas disponíveis pelo chalé, já que ao me aventurar pela cozinha encontrei somente armários vazios e empoeirados. Cada hora que Dean passava fora me fazia temer pelo pior, ele estava andando sozinho no meio da noite. Procurei pelo meu celular, depois de finalmente recordar da sua existência. Mas um suspiro cortou minha garganta ao ver que estava sem bateria. Então sem opções para fazer qualquer outra coisa, decidi trocar a roupa de cama empoeirada por lençóis limpos. Depois caminhei até o sofá na sala de estar e me acomodei nele, esperando ansiosamente pelo momento em que o Stone passaria pela porta da frente. Porém, isso custou a acontecer. E conforme os minutos passavam, eu só me sentia cada vez mais sonolenta.

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