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Selene

Donatella vai se casar. Estamos todos tão felizes e ansiosos para o seu casamento, minha irmã merece e ela encontrou um cara que realmente preste, um que venere ela e a trate feito rainha.

E esse homem tem nome Domenico Moretti um dos homens mais ricos de Itália. Sua família é dona de muitas empresas, hotéis e sem deixar de lado um castelo lindo e uma vinha que fabricam os melhores vinhos que já provei. Sempre quis poder visitar a vinha mas o tempo não me permite e também irei esperar pelo casamento da minha irmã para pegar as coisas de graça. Eu sou um gênio eu sei.

O último namoro da minha irmã foi uma merda, o cara vivia traindo ela e ainda teve a ousadia de vir para cá pedir perdão. Mas eu não deixei que se aproximasse nem se quer a metros de Donna, joguei flores para ele, que meu pai me perdoe por ter estragado sua herança para mim, mas eu precisei fazer aquilo e joguei as flores junto com o vaso. O babaca me xingou e foi embora com uma marca que ele nunca mais se esquecerá e pensará duas vezes antes de se aproximar da minha irmã.

Ela tem uma miniatura protetora apocalíptica chamada Selene Santorini.

Ja a minha história de amor é bem simples, eu e Vinícius o garoto da igreja estamos juntos desde que me lembro. Nossas mães nunca foram contras, elas sempre foram a favor até porquê elas tiveram o trabalho de nós juntar. E bom, aqui estou, noiva com um casamento marcado.

Meu pai sempre foi apaixonada por plantas que até fez uma floricultura. A floricultura que agora é minha e da minha mãe. Ele morreu tem uns três anos, vítima de acidente, chorei muito, pós éramos muito chegados mas o destino foi trágico. Por esse motivo resolvi cursar botânica também e continuar cuidando de suas flores com minha alma tal como ele fazia.

Minha mãe ficou devastada com sua morte, que focou toda sua energia em mim, controladora e conservadora de mais.

As coisas andam muito corridas por aqui, o casamento, o noivado, eu sendo madrinha. O aniversário de Donna semana que vem.

— Câmbio, câmbio borboleta amarela falando. — Ouço o walkie-talkie chamando, tiro as luvas colocando no amontoado de terra e limpo as mãos no avental.

Sempre que precisamos de ajuda uma da outra gostamos de lembrar a infância. Temos celulares, sim, mas desde que ela foi embora essa foi a melhor forma de manter o vínculo.

— Câmbio, câmbio borboleta turquesa escuto. — Ouço sua risada doce e contagiante do outro lado da linha.

— Dona Kátia vai me matar. — O tom de sua voz soou nervosa.

— O que aconteceu?. — Pergunto preocupada.

— Estou morando com  Domenico!.

— Diga algo que eu não saiba.

— Nós transamos.

— Você o quê?. — Grito surpresa.

— Não grita, sua anta.

Olhos aos arredores e agradeço por estar sozinha, ninguém me ouviu.

— A caminho.

— Você vai chegar aqui naquela sua scooter?.

— Eu sou uma ótima condutora.

— Eu já tive que te tirar da sela uma vez e pagar todas suas multas!.

— Isso foi uma vez... talvez duas... okay eu realmente fiz muitas multas mas vê pelo lado positivo estou tentando te ajudar.

— Te espero aqui só não tenta bancar velocidade furiosa numa scooter.

Um bebê para o italianoWhere stories live. Discover now